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Servidores públicos federais se mobilizam por reajuste salarial

Entidades da categoria convocaram paralisação nacional no dia 18/01 e greve unificada está em discussão.

As mobilizações para pressionar o governo federal pelo reajuste salarial dos servidores públicos federais entraram na pauta das entidades que representam esses trabalhadores. Entidades da categoria convocaram uma paralisação nacional para o próximo dia 18/01.  Além disso, está sendo discutida a realização de uma greve unificada da categoria no mês de fevereiro.

O estopim para os protestos foi a aprovação do Orçamento da União de 2022, que prevê R$ 1,7 bilhão para o reajuste salarial de servidores públicos da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN). O orçamento, aprovado pelo Congresso Nacional no dia 22/12/2021, beneficia o setor da segurança pública, que faz parte da base eleitoral do atual governo federal, e deixa de lado os demais trabalhadores do funcionalismo federal, que permanecem sem reajuste salarial desde 2017.

Nesse sentido, no dia 29/12/2021, entidades representativas do funcionalismo público federal, incluindo as servidoras e servidores do setor da educação, realizaram uma reunião virtual para discutir a construção de uma greve geral da categoria. De acordo com matéria publica pelo ANDES-SN, a proposta é que a greve ocorra ainda no primeiro trimestre de 2022. Outra informação divulgada foi que a discussão das pautas continuará em novas reuniões, a serem realizadas ainda neste mês.

O orçamento aprovado também gerou protestos entre os servidores da Receita Federal. A categoria dos auditores fiscais, em greve desde dezembro, protesta contra os cortes do orçamento da Receita Federal para 2022, a falta de reajuste e a perda da garantia de direitos da categoria.  Por causa disso, centenas de delegados e chefes de divisão do órgão já deixaram os seus cargos. Um movimento semelhante foi iniciado, na segunda-feira (03/01), no Banco Central. Vários servidores em cargos de chefia pediram exoneração e a categoria abriu discussão sobre a deflagração de uma greve.

A mobilização pelo reajuste salarial se une, assim, às pautas de defesa do Setor Público e do funcionalismo, que motivaram a luta em 2021. A luta continua contra a aprovação da PEC 32 e por mais investimento público nas áreas de saúde, educação e CT&I. A necessidade da construção da luta coletiva se faz cada vez mais presente para todas as trabalhadoras e trabalhadores que desempenham os serviços públicos no Brasil.

 

Com informações do Brasil de Fato e do ANDES-SN.