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Saldo Bolsonaro: Salário mínimo valendo menos e maior inflação desde 1994

Os 4 anos do governo Bolsonaro foram marcados por escândalos de corrupção, vários crimes de responsabilidade, uma pilha de pedidos de impeachment arquivados e expressiva inflação, com aumento  no preço da gasolina e alimentos. Há anos não temos um governo tão nefasto  em prejudicar a população, em especial os mais pobres.

A alta da inflação – que atingiu o pior índice em 28 anos, chegando a bater 1,62% em março – tem preocupado economistas em todo o país. E não há previsão de melhora no cenário econômico do Brasil até o final do ano (e do mandato bolsonarista). Especialistas indicam que os efeitos serão sentidos diretamente pelos consumidores.

Para Juliane Furno, economista-chefe do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em entrevista ao portal Brasil de Fato, “a perspectiva é de que a inflação siga em alta e siga se espalhando, ou seja, não fique restrita a um núcleo, mas vá para alguns serviços e quase a totalidade dos demais setores”.

Segundo levantamento divulgado neste domingo (8) pelo portal G1, com dados da agência de classificação de risco Austin Rating, o Brasil divide hoje com a Turquia, o posto de países com as mais altas taxas de juros, inflação e desemprego. Os dois países apresentam os três indicadores acima dos 10%.

Como se o aumento dessas taxas não fosse suficiente para apertar o bolso do trabalhador, Bolsonaro consegue deixar um legado ainda mais preocupante. Ele será o primeiro presidente a entregar o cargo com o salário mínimo do brasileiro valendo menos do que quando entrou. Segundo cálculos da consultoria financeira Tullet Prebon Brasil, divulgados pelo jornal O Globo, se descontada a inflação prevista para o final do mandato, o piso salarial cairá de 1.213,84 reais em dezembro de 2018 para 1.193,37 em dezembro de 2022. De acordo com o IBGE, “em abril de 2022, o salário mínimo necessário deveria equivaler a R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o mínimo de R$ 1.212,00”.

As principais vítimas da crise econômica são os trabalhadores, em especial aqueles mais pobres. Este ano, de 2022, é o terceiro seguido em que o governo Bolsonaro não promove reajuste do piso salarial acima da inflação. O Brasil hoje tem a maior parcela de trabalhadores ganhando um salário mínimo estagnado desde 2012, segundo o IBGE.

Precisamos combater esse modelo neoliberal da economia, não podemos aceitar mais quatro anos de um governo que nunca se importou com a fome, a morte e a miséria de sua população. É hora da reparação para construir novas alternativas e derrotar o governo Bolsonaro nas urnas e nas ruas!