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Resultados da 6ª rodada da MNNP evidenciam a necessidade da luta da categoria

Na última segunda-feira, dia 18 de dezembro, o governo federal promoveu a sexta rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente com o FONASEFE, com o FONACATE e as Centrais Sindicais para apresentar, pela primeira vez, uma proposta concreta de reposição salarial para o funcionalismo público federal. E, mais uma vez, o que veio do governo federal foi decepcionante.

A proposta foi apresentada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Lopez Feijóo. A proposta de reajuste do governo é de 9%, sendo que 4,5% serão concedidos em 2025 e 4,5% em 2026. Ou seja, para o próximo ano, não há nenhuma proposta de reajuste salarial. Além disso, o governo propõe reajuste em alguns direitos, como o auxílio-alimentação, que passará de R$ 658,00 para R$ 1000,00; a saúde suplementar de R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio creche de R$ 321,00 para R$ 484,90.

Assim, podemos afirmar que, o que o governo propõe, não cobre as perdas inflacionárias que se arrastam desde 2010 e que chega ao acumulado de mais de 50%. Com os 9% que conquistamos em 2023, ainda ficaríamos com o déficit de mais de 30% de falta de reposição salarial. Além disso, a reivindicação era a equiparação dos benefícios com os servidores do legislativo e judiciário e o que foi oferecido pelo governo não atende completamente esta demanda.

Viramos o ano de 2022 para o 2023 com esperanças e não era para menos. Destituímos um governo protofascista, que tinha os funcionários públicos como inimigos e elegemos um governo de coalizão, em que uma perspectiva progressista para a nossa categoria era viável. Porém, não podemos perder de vista a caracterização de que se trata de um governo de coalizão. Neste cenário, as mais diversas forças políticas estão em disputa, dentro do governo.

Assim, enquanto conjunto de servidores públicos federais, precisamos fazer a pressão para que nossas demandas sejam atendidas, ainda mais em cenário tão negativo em âmbito legislativo, com um congresso abertamente reacionário. O ano de 2024 nos reserva muitas lutas, e precisamos estar dispostas e dispostos a fazê-las. Nós, do APUBHUFMG+, acompanhamos e participamos ativamente de todo o processo de negociação com o governo e continuaremos na mesa toada no próximo ano. Pressionaremos, o tanto que for necessário, para que nossas demandas sejam atendidas.