Notícias

No governo Bolsonaro, verbas para universidades federais caíram para o menor nível desde 2013

No último ano do governo Bolsonaro, a verba anual destinada ao custeio das universidades federais do país chegou ao menor nível desde 2013. Considerando-se os valores médios pagos a cada uma dessas instituições, os repasses caíram de R$ 93 milhões para R$ 77 milhões. Ou seja, uma redução de 17,2%. A notícia foi divulgada essa semana pela Folha de S. Paulo, com base nos dados levantados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Cabe destacar que, no período de 2013 a 2022, o número de universidades federais no país subiu 17%, passando de 59 para 69. Em outras palavras, o número de instituições aumentou, mas o investimento destinado à área diminuiu. Na prática, isso significa menos dinheiro para manutenção, pagamento de despesas de pessoas e incentivo à pesquisa.

O levantamento demonstrou, ainda, que as universidades federais tiveram em todos os anos da gestão bolsonarista cortes nos valores que deveriam ser destinados ao custeio de material permanente e à infraestrutura desses estabelecimentos, tais como laboratórios e salas de aula. O sucateamento do ensino superior público, portanto, ocorria por diferentes frentes.

Ao longo daquela gestão de extrema-direita, o sucateamento da produção de conhecimento foi conduzido como uma política de Estado. Neste período, as universidades precisaram de muito esforço para não fechar as portas. A retirada desse grupo político do poder, portanto, foi decisiva para a existência das universidades públicas. Ainda assim, a realidade continua longe do ideal. Agora, devemos nos mobilizar pela recomposição do orçamento, assim como pela valorização das servidoras e dos servidores que prestam serviço nestes estabelecimentos. A luta em defesa da Universidade Pública precisa ser permanente.