‘Não é balbúrdia, é estudante defendendo a educação’
Fonte: UFMG.
Comunidade realizou protesto nesta tarde contra o bloqueio de recursos da UFMG
Na tarde desta quinta-feira, dia 12, estudantes, professores e técnicos-administrativos da UFMG protestaram contra o bloqueio de 30% da verbas imposto, nos últimos meses, pelo governo federal à Instituição. O ato ocorreu na Avenida Presidente Antônio Carlos, em frente à principal entrada do campus Pampulha, e contou com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e professores, que protestaram no momento em que o sinal era fechado para os carros, exibindo faixas e cartazes ao som de panelas e cantos como “não é balbúrdia, é reação, é estudante defendendo a educação”.
“A ideia de promover um ato em cima da hora foi para caracterizar uma iniciativa de pessoas da UFMG, sem partidos envolvidos. Queremos mostrar que educação não tem nada a ver com partido, tem a ver com o país”, justificou Bárbara Berg, estudante da pós-graduação em Fisiologia e Farmacologia e organizadora do protesto. Segundo Bárbara, o objetivo principal “foi mostrar para a população o que nós somos e divulgar o que fazemos”.
Diretório Central dos Estudantes (DCE) foi representado pela coordenadora geral Carol Leal. “Precisamos trilhar um caminho de diálogo permanente com a população, e essa é uma das melhores maneiras de fazer isso”, sugeriu ela, que indicou desdobramentos dos cortes para a comunidade. “A paralisação da linha 4, a demissão de servidores, a não utilização do ar-condicionado, tudo isso interfere diretamente no nosso cotidiano.”
Risco de parar
“Quem não pesquisa, não publica”. Esse foi um dos argumentos que levou Osman Silva Ribeiro, pesquisador de Neurociências do Instituto de Ciências Biológicas, à manifestação. Para ele, o Brasil não valoriza a ciência que produz. “Pagamos caro para estudos do exterior, enquanto temos vários de qualidade ocorrendo aqui”.