Governo Bolsonaro nomeia última colocada como Reitora na UFG
Mais uma vez o Governo Bolsonaro não respeita a autonomia universitária impondo uma reitora não eleita na consulta à comunidade acadêmica para a direção de uma universidade federal. Através de publicação no Diário Oficial, o Ministério da Educação (MEC) nomeou como reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), a professora Angelita Pereira de Lima, diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) e pesquisadora de gênero e direitos humanos. Angelita era a candidata menos votada da lista de três nomes enviada ao MEC.
Desde o começo do mandato de Bolsonaro, cerca de 20 instituições federais receberam intervenção federal na escolha de seus reitores. Fato que tem motivado protestos e amplas discussões em defesa da autonomia e da democracia nas instituições federais de ensino. Na gestão Bolsonaro a educação tornou-se alvo de constantes ataques que vão desde cortes orçamentários até a intervenção na escolha dos dirigentes.
A ação não pode passar despercebida e tal ataque à democracia deve ser combatido! Entidades estudantis, sindicatos de professores, técnicos e funcionários da UFG se posicionaram contra a intervenção de Bolsonaro através de notas (individuais e coletivas) e ontem (12/01) ocuparam o prédio da Reitoria em repúdio à ação.
De acordo com notícia publicada dia 11 de janeiro no portal Brasil de Fato, em conversa com os manifestantes, a candidata com maior número de votos, a professora Sandramara Matias Chaves, vice-reitora e atual reitora em exercício, disse que é fundamental que haja indignação e manifestações a respeito, porém também afirmou a necessidade de apoiar a professora Angelita: “Apoiar a professora Angelita nesse momento é apoiar a UFG., disse a então reitora.