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Cortes na Saúde afetam usuários: Número de atendimentos no SUS cai mais de 12%

O sucateamento da saúde pública é um projeto antigo dos neoliberais. Do governo Temer (2016 – 2019) até o atual governo, os cortes já acumulam o valor de 36,9 bilhões de reais. Esses cortes afetam diretamente o funcionamento do SUS e seu resultado já é sentido pelos usuários. O número médio de procedimentos ambulatoriais por habitante caiu 12% entre 2015 e 2019. Os dados do estudo são da Associação Brasileira de Economia da Saúde. A população tem tido cada vez mais dificuldade de ter acesso a serviços básicos, como consultas, exames e medicamentos.

Outro campo que foi afetado pelos interesses corruptos desses governos é o da vacinação infantil. Os cortes de verba para propaganda das campanhas de vacinação foram de 50% de acordo com a Lei de Acesso à Informação, uma decisão que ajudou a levar o país à pior cobertura vacinal desde 1987. Enquanto especialistas afirmam que o governo deveria ter adotado uma postura de grande incentivador à vacinação durante a pandemia, o governo Bolsonaro caminhou na direção oposta. Além dos cortes, a estratégia escolhida foi a das Fake News, que prejudicaram e ainda prejudicam não apenas a imunização contra a COVID-19, mas também a cobertura vacinal de doenças que já haviam sido controladas, atingindo a pior cobertura vacinal em mais de 30 anos.

A queda na cobertura vacinal traz um risco real para a população, em especial às crianças. Um levantamento produzido por pesquisadoras e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) indica que o Brasil está voltando no tempo quando o assunto era o controle da mortalidade infantil, pois a cada três mortes de bebês com menos de um ano de idade no país, duas poderiam ser evitadas com medidas básicas de saúde. O estudo foi feito pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), que conta com pesquisadores da Fiocruz e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (UNIFASE), segundo informações do Jornal Brasil de Fato.

A saúde básica é um direito constitucional da população brasileira. Negar esse acesso é condenar a população à morte, em especial as populações mais pobres e marginalizadas. Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), 70% dos negros dependem exclusivamente do SUS para seu acompanhamento médico, e 34% da população pobre está na mesma situação. Ou seja, o interesse no sucateamento da saúde pública, é mais uma ferramenta neoliberal de prejudicar a população mais marginalizada. A defesa do SUS deve ser pauta prioritária para os movimentos sociais do país, para garantir a dignidade e bem estar dos brasileiros!