6 reais não! Peso para o estudante, peso para o trabalhador
A passagem do transporte público municipal em Belo Horizonte sofreu um reajuste de 33% na última semana, passando de R$4,50 para R$6,00. O aumento levou organizações populares, sindicais e estudantis às ruas, terça-feira, dia 25/04.
Com o aumento, o preço da passagem da cidade se tornou o mais alto entre as capitais brasileiras, junto a Porto Velho (RO), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Cidades como São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) cobram menos de R $4,50 pelo acesso ao transporte público.
No ato, que ocorreu na Praça Sete no começo da noite, as entidades que convocaram a manifestação denunciaram que, além do preço ser abusivo, a qualidade do serviço não condiz com as necessidades da população da capital mineira. “Hoje os ônibus de Belo Horizonte andam sempre lotados, estragados, pegando fogo, sem roda, com portas estragadas, sem trocador e com horários atrasados”, relatou a União Colegial dos Estudantes de Minas Gerais (UCMG), nas redes sociais.
Revogação já!
Um projeto de resolução (PR) que susta os efeitos do decreto da prefeitura obteve as 14 assinaturas necessárias e vai ser registrado nesta manhã (hoje, 27/04). Além disso, uma ação popular impetrada por outros dois parlamentares com o mesmo objetivo também aguarda decisão em primeira instância no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Além do presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo, apoiam o projeto de resolução os vereadores Bráulio Lara (Novo), César Gordin (Solidariedade), Cida Falabella (Psol), Ciro Pereira (PTB), Cleiton Xavier (PMN), Henrique Braga (PSDB), Irlan Melo (Patriota), Iza Lourença (Psol), Jorge Santos (Republicanos), Loíde Gonçalves (Podemos), Marcela Trópia (Novo), Ramon Bibiano (PSD) e Sérgio Fernando (PL).
Já em conversa entre o presidente da Câmara e o prefeito de BH, a pauta foi o Projeto de Lei (PL) 538/2023 proposto pela prefeitura e que prevê um novo subsídio para as empresas de ônibus da capital mineira, no valor de R$ 476 milhões; que, se aprovado, também reduziria o valor da passagem.
Azevedo defende, porém, que sejam exigidas contrapartidas para as empresas que venham a receber o subsídio. As propostas incluem a tarifa zero para moradores de vilas e favelas, o passe livre estudantil integral, passe livre para pessoas com deficiência, sistema de integração entre transporte e serviços de saúde, e auxílio transporte para pessoas em vulnerabilidade social.