Acontece no APUBH

Docentes ingressantes da FAE/UFMG participaram de encontro com o APUBH UFMG+

Equipes do NADI e o setor jurídico do sindicato também marcaram presença no encontro e tiraram dúvidas do(a)s professore(a)s.

 

No dia 02 de agosto, o APUBH UFMG+ promoveu um encontro com o(a)s docentes ingressantes da Faculdade de Educação da UFMG. O objetivo do encontro foi promover um espaço de acolhimento às demandas da categoria, com a participação da presidente do Sindicato, professora Maria Rosaria Barbato, do Núcleo de Acolhimento e Diálogo – NADI, e o setor jurídico do APUBH, representado pela Dra. Flávia Mesquita.

Durante o encontro o(a)s docentes apresentaram diversas dúvidas, como por exemplo os limites da atuação de docentes em relação a captação de recursos perante setores privados; o regime de previdência privada; o gozo e recebimento de férias. Todos os questionamentos foram respondidos pelo setor jurídico do APUBH, que também trouxe uma apresentação que contemplou aspectos legais referentes ao estágio probatório, as obrigações e direitos do(a)s docentes durante esse período, aspectos ligados à progressão de carreira e promoção, questões sobre funções gratificadas e cargos de direção e, ainda, aspectos ligados ao processo administrativo disciplinar.

Inserir-se em uma universidade pública como docente, adaptar-se rapidamente ao ambiente de trabalho perante tantas cobranças por produtividade já é em si um grande desafio.  Muito(a)s professore(a)s iniciaram seus estágios probatórios ainda em regime presencial e, com a pandemia, acabaram por exercer grande parte desse período em regime remoto. Essa realidade trouxe inúmeras limitações e desafios, como a dificuldade de interatividade com alunos ou mesmo com colegas, a necessidade de adaptação de cronogramas de aulas e dificuldade de implementação de atividades de extensão e pesquisa, que acabam trazendo um peso para a avaliação final do estágio probatório.

Dentre os desafios apresentados pelo(a)s professore(a)s estão o equilíbrio entre os três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão, acrescidos, ainda, pelas atividades de gestão. Ele(a)s relataram também que são colocados em cargos de administração das unidades ainda nesses primeiros anos de vivência na universidade trazendo, além da sobrecarga de trabalho, uma responsabilidade extra, já que precisam cumprir uma série de critérios para a aprovação pós período probatório, como assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. A constatação é de que essas cobranças para pessoas em situação de avaliação constante, trazem angústia e um potencial de adoecimento  aos(às) docentes que, muitas vezes são cooptadas pela lógica de produtividade e se veem incapazes de negar ou remanejar demandas, chegando a trabalhar em período de férias ou mesmo doentes.

Esse encontro com o(a)s professore(a)s ingressantes da Faculdade de Educação suscitou temas que não se esgotam e precisam continuar sendo debatidos pelo sindicato com toda o(a)s professore(a)s  de forma a fortalecer a categoria, principalmente coletivamente.