Professores da Educação Superior devem se vacinar contra Meningite C
No último dia 03 de novembro, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte iniciou a vacinação de professores e trabalhadores de educação superior de qualquer idade contra a Meningite meningocócica tipo C. Serão vacinados também profissionais de saúde, estudantes e jovens entre 16 e 30 anos. Quem ainda não foi imunizado, deve procurar uma das 152 unidades de saúde básica de Belo Horizonte.
Disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a Meningite meningocócica tipo C é aplicada normalmente em crianças entre 3 e 5 meses de vida, com uma dose de reforço aos 12 meses.
De acordo com publicação da PBH, “a meningite meningocócica (infecção das membranas que recobrem o cérebro) é causada pela bactéria Neisseria Meningitidis (meningococo) e é mais grave quando atinge a corrente sanguínea, provocando infecção generalizada. Cerca de 3 mil brasileiros são acometidos pela doença todos os anos. Pessoas não vacinadas de qualquer idade são vulneráveis, mas, no Brasil, a doença meningocócica é mais frequente entre crianças com até 5 anos”.
Recentemente, em notícia publicada em seu site, o Ministério da Saúde ressaltou que a tipo C é “a mais frequente no Brasil entre as meningites bacterianas”. Além disso, o Ministério destacou que adolescentes e adultos são os maiores responsáveis pela transmissão da bactéria, daí a relevância da ampliação da vacinação.
Em Belo Horizonte, neste ano, já foram registrados 58 casos confirmados.
SUS – Campanha Vacina Mais
O SUS tem uma das maiores coberturas vacinais públicas do mundo. De acordo com o Sistema Universidade Aberta do SUS – UnaSUS, o Programa Nacional de Imunizações – PNI – brasileiro oferece “mais de 20 imunizantes para diversas doenças, sendo 17 vacinas para crianças, sete para adolescentes, cinco para adultos e idosos e três para gestantes”. Porém, nos últimos anos, o Brasil tem registrado uma queda alarmante no percentual de adesão às campanhas de vacinação em todas as faixas etárias. Em 2022, as coberturas vacinais estão abaixo de 60%. A meta era de 95% (dados do Ministério da Saúde).
Preocupados com a queda na cobertura vacinal e o movimento anti-vacina, que tem se disseminado pelo país e é uma das principais causas da baixa na vacinação, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) lançaram em julho deste ano a campanha “Vacina Mais”. A campanha traz conteúdo com informações sobre a importância das vacinas, seus benefícios e segurança e está sendo apresentada em pacotes temáticos mensais. Em outubro, a vacina contra a meningite foi abordada no material que pode ser utilizado livremente para a conscientização e mobilização da sociedade.
