O grito do povo brasileiro em defesa da soberania nacional e contra a anistia para golpistas

APUBHUFMG+ no 31º Grito das Excluídas e dos Excluídos | Foto: Acervo do APUBHUFMG+.
Você grita pelo quê? Desde 1995, o dia 7 de setembro é marcado pelo Grito das Excluídas e dos Excluídos, atos públicos em todo o país, em que a população questiona a “independência” do Brasil e se manifesta por justiça social. Protagonizada por pastorais sociais da Igreja Católica e grupos religiosos de outras denominações, além de movimentos sindicais, populares e sociais, essa manifestação ecumênica e plural traz como tema permanente “Vida em primeiro lugar”. Em 2025, a manifestação chegou à sua 31ª edição, agrupando diferentes bandeiras de luta sob o lema “Cuidar da casa comum e da democracia é luta de todo dia”.
O APUBHUFMG+ integrou a construção da manifestação deste ano em Belo Horizonte, assim como participou ativamente do ato. Nas ruas, apoiamos as pautas de luta do ato, assim como levantamos a bandeira da defesa do Serviço Público e contra a Reforma Administrativa. A participação do APUBHUFMG+ no 31º Grito das Excluídas e dos Excluídos, bem como a pauta a ser defendida, foi aprovada na assembleia docente do último dia 3 de setembro.

Em 2025, a manifestação chegou à sua 31ª edição, agrupando diferentes bandeiras de luta sob o lema“Cuidar da casa comum e da democracia é luta de todo dia” | Foto: Acervo do APUBHUFMG+.
Neste ano, a data teve um valor simbólico ainda maior, pois fomos às ruas para defender a soberania do nosso país. O povo brasileiro se manifestou contra as tentativas de interferência do imperialismo estadunidense, com apoio do bolsonarismo, sobre a nossa nação. Neste Dia da Independência, reafirmamos: não somos uma colônia. Por isso, não vamos subordinar o nosso país aos interesses dos países do centro do capitalismo. Da mesma maneira, não podemos nos calar diante de quem atenta contra a democracia e nem de quem conspira contra o Brasil. Sem anistia!
A concentração para o ato na capital mineira ocorreu pela manhã, na Praça Raul Soares. Lideranças das entidades presentes, assim como parlamentares de mandatos populares e democráticos, revezaram-se ao microfone, defendendo pautas de interesse da população e denunciando os interesses contrários à sociedade brasileira. De lá, a multidão seguiu em passeata, através das ruas da capital mineira, em direção à Praça da Estação. O trajeto contou com muita música, cartazes, faixas e bandeiras, assim como intervenções artísticas, com a proposta de mobilização e conscientização em defesa dos interesses do país e de sua população.

O professor Helder de Paula, presidente do APUBHUFMG+, denunciou as “múltiplas traições ao povo brasileiro” cometidas pelo Congresso Nacional, o que inclui a proposta da reforma administrativa | Foto: Acervo do APUBHUFMG+.
Em sua fala na manifestação, o professor Helder de Paula, presidente do APUBHUFMG+, denunciou as “múltiplas traições ao povo brasileiro” cometidas pelo Congresso Nacional, o que inclui a proposta da reforma administrativa. O sindicalista alertou que uma eventual aprovação dessa proposta pode acarretar na destruição dos serviços prestados à população. Como ele explicou, por meio desta medida neoliberal, os parlamentares que apoiam essa proposta “pretendem retirar da Constituição a responsabilidade do Estado pela garantia dos direitos sociais, retirar a estabilidade do servidor público e abrir o caminho para a corrupção”. Assim, o professor expressou o grito da categoria docente da UFMG em defesa dos serviços públicos e contra a reforma administrativa.