Acontece no APUBH

Nova direção do APUBH toma posse para o biênio 2020/2022

Votação eletrônica ocorreu nos dias 07 e 08 de outubro

 

Chapa TRAVESSIAS NA LUTA: Defender, mobilizar, ousar, sonhar assume gestão 2020/2022 do APUBH

Tomou posse na tarde deste dia 15 de outubro, a nova diretoria do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco – APUBH. Com expressiva votação em eleição realizada eletronicamente pela primeira vez, a chapa TRAVESSIAS NA LUTA: Defender, mobilizar, ousar, sonhar assume a gestão do sindicato para o biênio 2020/2022. A cerimônia de posse realizada na plataforma Zoom e transmitida no canal do APUBH no youtube pode ser conferida nesse link: https://bit.ly/33T0bFq

A cerimônia foi conduzida pela professora Marly Nogueira, vice-diretora de finanças. O primeiro discurso foi feito pela professora Maria Stella Brandão Goulart, presidente do APUBH no biênio 2018-2020 que relembrou “as diversas frentes de diálogo, luta e resistência” construídas na gestão que se despede, ressaltando as articulações construídas com o DCE, o Sindifes, a OAP, outras associações, entidades e frentes de defesa da educação e da universidade pública brasileira.  “Este legado, tecido pelo esforço coletivo, deve nos nutrir e potencializar a nova gestão do APUBH. O que urge é renovação. Assim agradecemos a energia e a coragem do novo coletivo, ou poderíamos dizer “nova coletiva”, que venceu as eleições, com a quase unanimidade de centenas de professores, enfrentando o vírus que nos obrigou a um insólito isolamento e reconfigurou nosso jeito de caminhar, de fazer política, de dialogar, de criar e de resistir”, disse.

A responsabilidade de empossar a nova presidenta do APUBH, professora da Faculdade de Direito, Maria Rosaria Barbato coube ao presidente da comissão eleitoral, o professor do ICEx/UFMG, Ricardo Wagner Nunes. Em sua fala, o professor deu as boas-vindas à nova presidenta ressaltou a sua coragem em sua assumir o compromisso em um momento tão difícil. “É muita coragem da chapa porque o cenário realmente é devastador pelo que está sendo feito com a nossa área: educação, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia em geral e conhecimento. Inimigo do governo, agora o nosso sindicato que está acostumado a lutar vai ter que lutar em dobro, porque realmente o cenário e a conjuntura não podiam ser piores”.

Nunes ainda agradeceu à professora Maria Stella pela condução do sindicato nos anos anteriores e parabenizou a todos os membros da nova diretoria.  Finalizando sua fala,  o presidente da comissão eleitoral,  que contou também com os professores Ricardo Gonçalves  (ICB), Verona Campos Segantini (EBA), Renata Pereira Lima Aspis (FAE) Antônio Maria Claret Torres (Veterinária),  destacou a eleição dos 38 novos membros do conselho de representantes das seguintes unidades:  Centro Pedagógico, COLTEC, Direito, ECI, EEFTO, Engenharia, FAE, FALE, ICA, ICB, ICEx, IGC, Medicina, TU.

 

7º presidenta do APUBH

“A posse da nova diretoria eleita nesse dia assume simbolicamente o valor de um compromisso de sermos cada vez um instrumento mais poderoso na mão da nossa categoria para defender a universidade que queremos e a nossa dignidade”, disse a presidenta eleita, professora Maria Rosaria Barbato. “E é com muito orgulho que eu serei a 7ª mulher na presidência desse sindicato”, disse ainda.

Em seu discurso de posse (Discurso Posse_Marisa Barbato), a nova presidenta destacou os desafios que o atual contexto político, econômico e sanitário representa para a nova gestão.  “Nós estamos recebendo uma bomba relógio e temos que correr para desativá-la. Na verdade, se trata quase de um arsenal militar completo que quer aniquilar a nossa universidade pública, as condições de vida e trabalho docente e, não apenas desses, mas dos trabalhadores em geral. Está em curso uma desintegração da educação, da ciência, da tecnologia, das nossas instituições”, disse.

Marisa Barbato falou ainda dos recentes ataques à universidade e ao serviço público: emenda 95, a reforma trabalhista, a terceirização, as ameaças constantes de privatização da educação e do saber, o Future-se, a reforma da previdência e e reforma administrativa. “Um show de horrores ao qual precisamos resistir ainda mais nas condições precárias de solidão e de distanciamento impostos pelo também precarizante ensino remoto emergencial, que devemos entender como parte dessa arquitetura e por isso pretendemos que se mantenha apenas como emergencial”, continuou.

Destacando o trabalho realizado pela gestão anterior, do qual também fez parte, a presidenta falou da luta empreendida para colocar o APUBH novamente no cenário nacional e torná-lo protagonista na luta pelos direitos da categoria docente e na defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade, autônoma e inclusiva.  Daí o compromisso de se continuar na luta. “Somos um sindicato de luta, um sindicato de debate, um sindicato democrático, um sindicato de união. O nosso programa está à disposição de todos.  E todos nós queremos fortalecer nosso sindicato  na compreensão da importância do papel e da função dos sindicatos na sociedade,  da importância do protagonismo dos sindicatos na luta por direitos”, finalizou.

 

Diretorias setoriais: Diretoria Articulações e Mobilizações Políticas, Diretoria Territórios em Movimento: Cultura, Qualidade de Vida e Direitos Humanos, Diretoria Ciência, Tecnologia e Educação

 

Representando a Diretoria Articulações e Mobilizações Políticas, o professor da Faculdade de Educação, Geraldo Márcio Alves dos Santos, falou sobre a atuação dessa setorial. “Em parte, ela cuida dessa articulação interna e de fazer as demais diretorias conversarem. Reconhece também a importância das outras representações dentro da própria UFMG. A UFMG não é um espaço só de docentes. Nós representamos uma categoria, mas a UFMG funciona e anda pela presença de outros sujeitos também.  Então é importante que a gente reconheça a presença deles, nos aproximemos deles e das demais categorias, dos demais conjuntos, dos movimentos sociais e sindicais”, explicou. De acordo com Santos, a setorial buscará “construir essa aproximação sempre atentos ao que é específico do nosso campo de atuação, mas, sem perder de perspectiva que os problemas que nós enfrentamos pertence a uma totalidade. E essa totalidade, portanto, também tem que ser objeto da nossa ação, da nossa mobilização e, porque não, da nossa intervenção”.

A professora da Fafich, Marlise Míriam de Matos Almeida falou representando a Diretoria Territórios em Movimento: Cultura, Qualidade de Vida e Direitos Humanos. Ela iniciou a sua fala destacando o trabalho desenvolvido pela gestão anterior e mencionando a sua colaboração em várias ações. Essa atuação a encorajou a se integrar à nova diretoria e atuar “na construção de um sindicato aguerrido e combativo nesse momento tão dramático da história do ensino superior da educação no Brasil”, disse.

Ela ainda apresentou alguns princípios da diretoria  e reafirmando a “indiscutível vontade de melhorar a qualidade de vida de todos os docentes do ensino superior nas nossas universidades, de fundamentalmente promover direitos humanos dos docentes, especialmente, nesse momento de precarização do trabalho docente;  enfrentar com coragem todas essas manifestações do atraso do ultraconservadorismo e do ultraliberalismo; proteger e consolidar na UFMG  uma cultura de e para direitos humanos onde todas as violações desses direitos e de todas as formas perversas de reprodução das desigualdades possam sentir o peso do sindicato dos professores da UFMG  e  apoiar fundamentalmente as nossas políticas já existentes e, dentro da possibilidade, colaborar na formulação de novas políticas de democratização de inclusão e de promoção da diversidade da universidade, na universidade e para a universidade”.

O Conselho Fiscal foi representado pelo seu presidente, o professor Sebastião José Nascimento de Pádua, que também falou sobre os ataques do governo aos servidores públicos, aos docentes e à universidade enfatizando a importância do sindicato APUBH.  “Estamos indignados, pois, apesar de mostramos nossas potencialidades todos os dias, continua a política de desmonte da universidade pública e da carreira docente. Mas, não estamos aqui para lamentar, continuamos na luta e faremos a travessia nesse sentido”, disse. “Nosso conselho fiscal,  Sebastião de Pádua, Maria Cristina Gouveia,  Denise Alves de Araújo, Unaí tupinambás e Marcos Azeredo Werneck, nos comprometemos em cumprir o papel do conselho fiscal visando fortalecer e manter a saúde financeira do nosso sindicato, revisando as suas contas e gastos com impessoalidade, imparcialidade, independência e transparência”, falou.

Presenças

Participaram da cerimônia de posse: a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais,  professora  Sandra Regina Goulart Almeida, o diretor da Faculdade de Direito, professor Hermes Guerrero, a Coordenadora Geral da Associação de Pós Graduandas e Pós Graduandos (APG) da UFMG, Mariana Castro, a coordenadora-geral do Sindifes, Cristina Del Papa, o representante do Sindicato dos Advogados de MG, Vinícius Nonato, a coordenadora do Sinprominas, professora Valéria Morato; os diretores da AdUFRJ, Eleonora Ziller e Felipe Rosa,  o representante da CSP-Conlutas, Aldiério Florêncio Pereira, o representante da Inteligência Coletiva MG, professora Marileide Cassoli; a representante da SBPC/MG, professora Andrea Macedo; a representante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, Soniamara Maranho;  o coordenador do Observatório do Conhecimento, professor Josué Medeiros; a representante da Assessoria Popular Maria Felipa, Nana Oliveira, o coordenador da Comissão Pastoral da Terra – CPT, Frei Gilvander;    a representante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD-MG), Fernanda Lage; o representante do Compa e do Mob, Thiago Miranda, a deputada estadual, Beatriz Cerqueira e os vereadores Cida Falabela e Gilson Reis e as assessoras jurídicas do APUBH, Flávia Mesquita e Sarah Campos.