Nossa autogestão CASU: o que fazer diante do iminente reajuste?
Na manhã desta quinta-feira, dia 14 de fevereiro, o APUBH reuniu-se com a Diretoria Executiva da CASU para se informar diretamente sobre o reajuste e readequação de Planos. O nosso sindicato tomou esta iniciativa, procurando superar a ausência de representação formal do sindicato no Conselho Consultivo (perdida nos idos de 2003) deste nosso sistema de autogestão da assistência em saúde. Abrimos uma interlocução que tomará a forma de uma agenda de trabalho comum que se inicia na próxima segunda-feira, dia 18/02, 17 horas, na sede do APUBH: Roda de Conversas – saúde e qualidade de vida. Será um espaço aberto para a construção de esclarecimentos e propostas.
Participaram da reunião do dia 14/02, a presidenta, profa. Maria Stella Brandão Goulart, e os diretores da Setorial de Saúde e Qualidade de Vida, professores Eli Iola Gurgel Andrade e Marcos Azeredo Furquim Werneck; o Presidente da Diretoria Executiva da CASU, Dirceu Wagner Carvalho de Souza; o Diretor de Relações Interinstitucionais, Marcos Roberto Moreira Ribeiro; o Diretor de Saúde, Rodrigo Fernandes Guimarães; o Diretor Financeiro e de Planejamento, Reynaldo Maia Muniz; o consultor em Estatística e Atuária, João Roberto Rodarte, da Rodarte Nogueira – consultoria em Estatística e Atuária; além da assessora jurídica do APUBH, Sarah Campos.
Na reunião, os diretores da CASU apresentaram o cenário que motivou o desenvolvimento da proposta de reajuste e reestruturação do Plano IFES V. Em linhas gerais, trata-se de se adequar às regulamentações da ANS que exigem as margens financeiras de gestão e sustentabilidade da operadora no futuro. Este é um desafio ainda que o Diretor Financeiro e de Planejamento da CASU, prof. Reynaldo Maia Muniz, tenha ressaltado que o índice de liquidez da CASU não está comprometido e não existam dívidas. Segundo o presidente da Diretoria Executiva da CASU, prof. Dirceu Wagner, em atenção a uma perspectiva social, por vários anos, foram concedidos reajustes menores do que os necessários. Porém, na atual conjuntura, configurou-se um problema aritmético que diz respeito à evolução de demandas e do perfil dos assistidos. Ainda assim, ele reforçou que a CASU é uma das maiores conquistas dos servidores e professores da UFMG e que a ANS classifica a CASU como uma das 10 melhores autogestões do Brasil.
A questão central, como evidenciou a Diretora de Saúde e Qualidade de vida do APUBH, professora, Eli Iola, é que a CASU é um plano de saúde muito especial em um mercado que é extremamente competitivo, enfrentando a concorrência, inclusive, de multinacionais.
Porém, o impacto do reajuste será particularmente preocupante para a população mais madura: acima de 59 anos. Como sabemos que a maior parte de nossos professores sindicalizados será fortemente afetada financeiramente, é necessário refletir sobre o que fazer. Tanto o APUBH quanto a CASU ressaltaram a importância de construção de uma pauta nesta direção.
As mudanças propostas somente serão implantadas, se aprovadas, pelo Conselho Universitário, uma vez que é a UFMG que assina o termo de convênio entre a Universidade e a CASU. Rodrigo Fernandes, diretor de Saúde da CASU, informou que o procedimento de migração é automático para que os associados não fiquem descobertos (sem atendimento). Entretanto, é dado o direito ao associado de manifestar discordância com a mudança e se desligar da CASU, migrando para outro plano.
A principal preocupação do APUBH é com os aposentados, pois a nova política os onera e se estrutura de modo a atrair associados jovens para garantir a mutualidade do sistema.
Ressaltamos que o APUBH, como sindicato, não tem instrumentos para interferir na decisão, mas acordou a possibilidade de refletir sobre estratégias de compensação. Informamos, no entanto, que haverá Assembleia da CASU no dia 19/02/2019.
Consulte aqui a proposta (anexo e no link abaixo) e venha refletir conosco na próxima segunda-feira.