No dia 21 de março, fomos às ruas pela redução dos juros e por reposição salarial já
A categoria docente da UFMG aderiu ao Dia Nacional de Luta, convocado pelas centrais sindicais, para a última terça-feira (21/03). Entidades sindicais, movimentos populares e representantes de mandatos progressistas foram às ruas lutar pela redução da taxa básica de juros (SELIC), pela democratização do Conselho de Administração dos Recursos Fiscais (CARF) e pela imediata retirada de Campos Neto da presidência do Banco Central (BC).
Atendendo às deliberações da assembleia docente do dia 14 de março, o APUBHUFMG+ chamou a categoria para o ato e fez parte das manifestações, sendo representado por sua presidenta, a professora Maria Rosaria Barbato. No ato, o APUBHUFMG+ levantou, ainda, a bandeira do reajuste salarial do funcionalismo público federal, como deliberado pela categoria.
As manifestações ocorreram em frente à sede do Banco Central, em Brasília, e em diversas cidades do país. Em Belo Horizonte, o ato ocorreu na Praça Sete. As lideranças presentes distribuíram e se alternaram ao microfone, promovendo diálogo e conscientização da população. Mais uma vez, a classe trabalhadora se mobilizou para pressionar o Poder Público, demonstrando a sua força e importância para a construção de um projeto de país que, de fato, contemple toda a população.
Pressionar o COPOM pela redução dos juros
O Dia de Luta foi convocado para a véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do BC, responsável por definir a taxa básica de juros da economia (SELIC). Desde agosto do ano passado, a taxa continua a 13,75% ao ano, causando retração na economia e dificuldade de acesso ao crédito. Essa também foi uma oportunidade para colocar em discussão a autonomia do Banco Central, sancionado, por meio de lei, pelo então governo Bolsonaro. A medida desvinculou as decisões do BC, órgão estratégico para a política monetária do país, das políticas de governo. Na prática, a dita “autonomia” serviu, apenas, para deixar o Banco Central a serviço “Mercado”.
Basta lembrar que a relação com o então Ministro da Economia, Paulo Guedes, foi decisiva para que Roberto Campos Neto passasse a ocupar a presidência do BC. No cargo desde 2019, o mandato de Campos Neto só termina no final de 2024. E ele já sinalizou não ter intenções de deixar o cargo. Assim, mesmo com a derrota nas urnas do projeto neoliberal, o governo eleito enfrenta grandes dificuldades para implementar as medidas necessárias para a geração de empregos e distribuição de renda no país.
Reposição salarial já!
Juros baixos já!
Fora Campos Neto!