Acontece no APUBH

?Não vamos trabalhar até morrer ou morrer de trabalhar?

Na manhã desta sexta, 22 de março, professores, técnico-administrativos e estudantes da UFMG promoveram um ato contra a Reforma da Previdência, na entrada do Campus Pampulha na Avenida Antônio Carlos. A atividade faz parte do dia nacional de luta contra PEC 06/19 (reforma) e que mobiliza trabalhadores em todo o país.

Na manifestação, vários líderes de sindicatos, centrais e movimentos sociais deixaram claro que a reforma visa a destruição do sistema atual de previdência, que garante um direito previsto pela Constituição de 1988, o direito a aposentadoria. Mostraram que a previdência não tem déficit, conclusão da CPI do Senado do ano passado, caso os impostos previstos para a seguridade social na constituição de 1988, não sejam desviados para outros fins. Além deste ponto, lembraram a dívida de quase 500 bilhões de reais dos grande bancos e empresas com a receita. A reforma da previdência através da MP 06-2019, destrói o sistema atual solidário entre gerações já que visa a implantação do sistema de capitalização, que só interessa ao sistema financeiro, além da desconstitucionalização prevista para novas mudanças. O APUBH é membro da Frente Mineira Popular em Defesa da Previdência Social.

UFMG

O início do ato foi atrasado em 1 hora, por causa da chuva intensa, e começou às 08h, com panfletagem com esclarecimentos sobre o teor da reforma e seus impactos na vida dos trabalhadores. Um caixão para a reforma da previdência chamou a atenção dos pedestres e motoristas para a necessidade de enterrar a reforma a fim de garantir a aposentadoria. O esqueleto representando o trabalhador que morreu à espera da aposentadoria simbolizava o quanto a PEC dificultará a concessão da aposentadoria.

Às 09h30, o grupo deu início ao cortejo fúnebre satírico, ao som da banda do Alvorado, que tocava marchas fúnebres. Acompanhavam o cortejo, personagens representando os trabalhadores, as carpideiras (os grandes bancos e emissoras de TV, respectivamente, maiores devedores e beneficiários da proposta de capitalização da Previdência; e divulgadoras da proposta do governo) e pessoas mostrando as perversidades da Reforma. O Cortejo percorreu a principal avenida do Campus, passando pela Escola de Belas Artes, Escola de Música, Faculdade de Letras, Escola de Ciência da Informação, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Reitoria e Praça de Serviços. Neste último local, foi feito o enterro simbólico da Reforma da Previdência.

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Praça 7

Um movimento popular em defesa do direito à aposentadoria e da seguridade social ocupou a Praça Sete, na noite de sexta-feira (22/03). O Ato deu seqüência ao Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, convocado pelas sete centrais sindicais. Movimentos populares, sindicatos e outras entidades aderiram aos protestos em todo país contra a PEC 06/2019, enviada ao congresso pelo Governo Federal.

Professoras e professores da UFMG se uniram a estudantes e técnico-administrativos, representando a comunidade acadêmica da Universidade. Assim como na Universidade, foi realizada uma intervenção artística com caixão e esqueleto. Em forma de alegoria, a intervenção ilustrou o desamparo dos trabalhadores diante dos retrocessos promovidos pelo governo, bem como o fato de estarmos a mercê de grandes empresas bancárias e conglomerados de comunicação. E os manifestantes deixaram clara a sua mensagem: para não trabalhar a até morrer, precisamos enterrar a Reforma da Previdência.

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