Mulheres nas ruas contra o Governo Bolsonaro
No último dia 04 de dezembro, em vários lugares do país, ocorreram novas manifestações contra o governo Bolsonaro. Os atos, organizados no mesmo sentido das manifestações “Ele Não” que balançaram o Brasil em 2018, se posicionaram contra o machismo, a necropolítica e a miséria inerente ao governo Bolsonaro.
O APUBHUFMG+ participou dos atos em Montes Claros e em Belo Horizonte. O sindicato esteve novamente na rua para lutar pelo fim deste governo de morte e fome, que é o governo Bolsonaro. Além da necropolítica, que lançou o país na triste posição de segundo colocado mundial em número de mortos, registrou-se no terceiro trimestre deste ano, 13 e meio milhões de desempregados. Os que ainda trabalham, viram seus rendimentos serem reduzidos em mais de 10% pela inflação. Mais de 5 milhões de brasileiros estão desalentados, ou seja, pararam de procurar empregos por não conseguirem lugar no mercado de trabalho. São quase 8 milhões de subocupados. Essa é a pátria amada do governo Bolsonaro!
Um problema que parecia vencido na década passada, que é a fome, está de volta. Mais de 19 milhões passaram fome em 2020, em um universo de 117 milhões que não tiveram acesso pleno e permanente à comida naquele ano. Nos números de 2021, há mais de 15 milhões de pessoas vivendo em extrema miséria.
“Hoje, além disso, estivemos nas ruas por um problema social que se tornou ainda mais evidente no governo Bolsonaro. Ser mulher, no Brasil, é um risco permanente. E em um governo que é abertamente machista, com discurso de ódio contra as mulheres e que incentivou o acesso a armas por parte da população em geral, ser mulher se tornou ainda mais arriscado”, disse a professora da Escola de Enfermagem da UFMG e diretora do APUBH UFMG+ Solange Cervinho Godoy.
De acordo com relatório da Coalizão Solidariedade Brasil, em 2019, três em cada dez mulheres sofreram algum tipo de violência. Foram mais de 1300 feminicídios, e o país registrou a ocorrência de um estupro a cada oito minutos. Se aplicado o recorte racial, os alvos do governo Bolsonaro se tornam ainda mais evidentes: das vítimas de feminicídio, 67% são negras. Durante a pandemia, o número de denúncias de violência doméstica pelo telefone 190 cresceu 16%, chegando a uma por minuto em todo o país. As medidas protetivas de urgência, concedidas pela Justiça, também cresceram 3,6% no período.
Nós, do APUBHUFMG+ cumprimos nosso dever aqui na rua, em conjunto com o movimento social, de lutar contra este desgoverno! Fora Governo Bolsonaro! Fora Governo de Fome! Fora Governo de Morte!