Acontece no APUBH

Movimentos sindicais e populares manifestam contra a PEC do Cala a Boca e a privatização da COPASA 

Na manhã da última quarta-feira (05/11), o APUBHUFMG+ participou de ato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) contra a PEC do Cala a Boca e a proposta de privatização da COPASA. Representando o sindicato, o professor Helder de Figueiredo, atual presidente, reforçou a importância da luta coletiva contra a proposta absurda de Romeu Zema de privatizar uma das maiores empresais estatais do estado de Minas Gerais. Uma luta que também é em defesa dos direitos sociais e populares.  

O ato na ALMG reuniu milhares de pessoas em protesto contra a PEC 24, ou PEC do Cala Boca, que pretende retirar da constituição mineira a obrigatoriedade de consulta popular, por meio de referendo, que hoje é necessária para que o Governo possa privatizar a COPASA. Trata-se de um enorme retrocesso na frágil e débil democracia que conquistamos com muita luta contra uma burguesia antipopular e antidemocrática.  Ela facilitará a privatização da COPASA e transformará definitivamente a água em mercadoria.  

Além do fato de que essa luta é em defesa dos direitos dos e das docentes da UFMG, que fazem parte do povo mineiro, a presença do APUBH em uma mobilização construída por movimentos sindicais e populares do estado de Minas Gerais é a manutenção de um laço de solidariedade do qual já precisamos e novamente precisaremos nesta nossa constante articulação em defesa da universidade pública, gratuita, inclusiva e socialmente referenciada. 

A manifestação foi construída por movimentos sindicais e populares, além de contar com o apoio de parlamentares progressistas. Houve, ainda, a presença de duas representações do governo federal: o ministro Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da República, e a ministra Macaé Evaristo, da pasta dos Direitos Humanos. 

Crime socioambiental em Mariana, 10 anos 

No dia desta manifestação, o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, completou dez anos. No dia 5 de novembro de 2015, ocorreu o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, da mineradora Samarco — administrada pela Vale e pela BHP Billiton. Considerado o maior desastre socioambiental da história recente do Brasil, o crime causou a perda de inúmeras vidas e danos a ecossistemas inteiros. Traumas que ainda marcam as pessoas e todo o meio ambiente na região. 

Esse crime socioambiental escancarou a precarização das políticas ambientais em MG, assim como o avanço de interesses econômicos predatórios de empresas privadas. Por isso mesmo, para além da coincidência de datas, a luta das vítimas desse crime socioambiental dialoga com a pauta em defesa dos serviços públicos e contra as privatizações. Assim, no ato na ALMG, os movimentos presentes também cobraram reconhecimento, direitos e reparação integral às famílias atingidas em Mariana. 

 

GALERIA DE FOTOS: 05/11/2025 | Ato contra a PEC do Cala Boca e a Privatização da Copasa