Maternidade Leonina Leonor é destruída antes de ser aberta ao público
Fotos: Marisa Barbato e Tallu Fernandes
Nesta sexta feira, dia 29 de janeiro, o APUBHUFMG+, junto a outras entidades, como o SINPRO e a ABJD, foi prestar solidariedade ao Conselho Municipal de Saúde (CMS), que foi pego de surpresa ao receber denúncias de movimentações irregulares na Maternidade Leonina Leonor, em Venda Nova, município de Belo Horizonte.
O prédio em questão, que deveria ser uma referência em procedimentos humanizados junto à maternidade Sofia Feldman, está pronto há 12 anos e foi resultado do investimento de mais de R$ 10 milhões de dinheiro público. Nunca, porém, foi utilizado.
Denunciadas as movimentações irregulares, o Conselho Municipal de Saúde compareceu ao local e constatou que as paredes dos quartos estavam sendo quebradas e banheiras para realização de parto humanizado estavam sendo arrancadas. A obra estaria funcionando às escondidas: a CMS não foi informada de qualquer obra no local, e a destruição de um espaço, que cumpriria papel de grande importância, é um completo descaso com o dinheiro público. Vale lembrar que, neste contexto atual de pandemia de Covid-19, segundo estudo do International Journal of Gynecology, realizado em 2020, o Brasil é responsável pela morte de 77% de gestantes e puérperas pela doença no mundo.
Ao visitar as instalações, a representação do APUBHUFMG+ também constatou a destruição e vem a público divulgar seu irrestrito apoio ao Conselho Municipal de Saúde, candidaturas e movimentos sociais ligados à proteção da Maternidade e ressaltar a necessidade da confiança no controle social para melhoria do SUS. A Maternidade Leonina Leonor é fruto da 14ª Conferência Municipal de Saúde, que contou com a participação de mais de 2 mil pessoas, sendo uma das propostas mais votadas.