“É o momento de se aproximar aos sindicatos, de fortalecer a luta e de participar”
Na abertura da Semana do Servidor da UFMG, a presidenta do APUBHUFMG+ ressalta a importância da união dos servidores na defesa de seus direitos e da universidade
A presidenta do APUBH UFMG+, professora Maria Rosaria Barbato, representou o sindicato na solenidade de abertura da Semana do Servidor da UFMG. A mesa online foi transmitida ao vivo, na manhã desta segunda-feira (08/11), por meio do canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários – CAC/UFMG. Clique no link, a seguir, para assistir: https://youtu.be/2Bt0nisi6Ew
Em 2021, o evento tem como tema “Avanços e Retrocessos na Legislação do Servidor Público Federal – Desafios e Possibilidades”. O APUBH UFMG+ é uma das entidades parceiras na construção e realização do evento. Acompanhe a programação, no hotsite oficial do evento, e participe conosco das discussões: www.ufmg.br/semanadoservidor
“A UFMG resistiu, resiste e segue adiante, graças à persistência e coragem de seus servidores”
A solenidade de abertura da Semana do Servidor foi iniciada por representantes da universidade. Em sua fala, o decano do Conselho Universitário no exercício do reitorado da UFMG, professor João Alberto de Almeida, destacou o papel da UFMG no enfrentamento à pandemia da Covid-19, atendendo à responsabilidade e ao compromisso da universidade junto à sociedade. O professor que, atualmente, ocupa o cargo de reitor em exercício da UFMG, reforçou que “deve-se registrar que tudo isso é possível graças à dedicação, empenho e competência de seus servidores, em todos os cargos e atividades que desempenham”. “O trabalho remoto e suas consequências físicas e mentais atingiu a todos, mas podemos dizer que a UFMG resistiu, resiste e segue adiante, graças à persistência e coragem de seus servidores”, definiu o reitor em exercício.
Por isso mesmo, Almeida avaliou que o tema que norteia o evento deste ano trata-se de uma discussão muito oportuna. Para ele, diante do trabalho em desenvolvimento pela categoria e das mudanças na legislação a que está exposta, a discussão expressa a preocupação da universidade com a valorização da categoria, ao mesmo tempo que evidencia os “graves problemas que nos atingem”. Nesse sentido, o professor cumprimentou as entidades de representação de classe presentes, ressaltando a importância de seu trabalho na conquista e manutenção dos diretos destas trabalhadoras e destes trabalhadores.
Já a pró-reitora de Recursos Humanos da UFMG, professora Maria Márcia Machado, definiu que “essa Semana reflete bem o que nós temos passado, desde março de 2020”. Sobre esse período, a professora pontuou que “foi tudo muito novo, inusitado, de repente. Ainda não conseguimos voltar à normalidade. E qual normalidade será essa? Nós não sabemos”. E completou: “Esperamos ganhar, de vez, a batalha contra essa pandemia, para voltarmos diferentes, mais fortes e mantendo a excelência da nossa UFMG”.
Ela destacou que a programação cria oportunidades para a ampla discussão sobre as mudanças trabalhistas, que trazem retrocessos à carreira do funcionalismo público federal. A pró-reitora também destacou a relevância das atividades, oficinas e práticas de saúde, assim como as atividades artísticas e culturais, que fazem parte do evento. “É muito oportuna essa temática e de grande interesse para todos os servidores da UFMG, sejam docentes ou técnico-administrativos em educação”, definiu a pró-reitora.
“É o momento de se aproximar aos sindicatos, de fortalecer a luta e de participar”
Prosseguindo com a solenidade de abertura, a palavra foi passada aos representantes das entidades parceiras na construção e realização do evento. A professora Maria Rosaria Barbato, presidenta do APUBH UFMG+, realizou um panorama sobre os desafios enfrentados pelo funcionalismo público federal, em meio aos ataques promovidos pelo Governo Bolsonaro. A presidenta do sindicato alertou para a campanha difamatória, com o intuito de manchar a imagem dos servidores e do serviço público junto à população. Ela também chamou a atenção para as medidas de sucateamento e retirada de direitos da categoria, no qual se destaca a PEC 32.
A professora analisou que a retirada de direitos são o âmago da política ultraneoliberal que norteia o atual governo federal. Nesse sentido, ela ponderou que a precarização pode ser observada, do mesmo modo, na produção de conhecimento, através da redução do financiamento público de universidades e institutos federais de ensino, assim como às agências de fomento à pesquisa.
Diante do exposto, a presidenta do APUBH UFMG+ salientou o quão fundamental é a discussão contida na programação da Semana do Servidor da UFMG. “O primeiro passo para conseguirmos agir sobre o mundo em que vivemos é a ampla e democrática discussão sobre os problemas que nos cercam e as possibilidades de solução, até para termos embasamento para as ações que tomaremos”, definiu a sindicalista. A professora Maria Rosaria reforçou que “nós do APUBH estaremos presentes nos debates que virão, em defesa dos interesses da categoria que representamos”.
Sobre a resistência a este cenário de retrocessos, a presidenta do APUBH UFMG+ definiu que é o momento de se aproximar aos sindicatos, de fortalecer a luta e de participar”. E completou: “nós, entidades de representação, estamos presentes na luta, incansavelmente, ocupando os espaços de protesto na rua, em Brasília e onde precisar, e também precisamos do apoio e força de nossos colegas”.
Prosseguindo com o debate, a técnico-administrativa Cristina del Papa, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (SINDIFES), definiu o governo Bolsonaro como sendo uma gestão fascista e neoliberal, responsável por afundar o Brasil em um momento conturbado, do ponto de vista político, econômico e social. Uma prova disso, para a TAE, é o número absurdo de brasileiros desempregados ou subempregados.
Neste período de Ensino Híbrido Emergencial, ela acredita que a categoria do funcionalismo público precisou se “reinventar e aprender muitas coisas para conviver com os cenários que a pandemia nos trouxe”. Paralelamente a isso, ainda de acordo com a coordenadora do SINDIFES, as servidoras e servidores tiveram que lidar com as investidas do governo federal contra o trabalho do funcionalismo público. Por isso mesmo, a TAE reforçou a importância das mobilizações contra as ações do Governo Bolsonaro, promovidas pelo movimento sindical, com o apoio da população.
O terceiro representante de entidades parceiras a ter a palavra foi o técnico-administrativo Luiz Geraldo de Oliveira, vice-presidente da Associação dos Servidores da UFMG (ASSUFEMG). Ele ressaltou a importância da realização da Semana do Servidor, para que a comunidade acadêmica tenha a oportunidade de aprofundar o conhecimento e o diálogo sobre a situação em que se encontra o país, a universidade e os servidores públicos, sobretudo nestes tempos complexos vividos atualmente. Sobre a realidade dos servidores públicos, em especial, ele afirmou que “nós estamos, a cada dia mais, sendo engolidos pelo sistema e por este governo, que não demonstra a menor empatia ou simpatia ou interesse de que nós tenhamos um serviço público de qualidade para o povo brasileiro”.
Finalizando a mesa de abertura da Semana do Servidor 2021, a professora Leônor Gonçalves, pró-reitora adjunta de Recursos Humanos da UFMG, apresentou a Comissão Organizadora do evento, que foi composta por representantes da comunidade acadêmica e de departamentos da universidade, assim como de membros das entidades que representam os servidores da UFMG – APUBH UFMG+, SINDIFES e ASSUFEMG. A representante da PRORH/UFMG, que coordena a realização da Semana, também realizou um panorama das atividades que compõem a programação. Esta edição, além de adotar a modalidade eletrônica devido às restrições impostas pela pandemia, também inclui algumas atividades presenciais.