Confira a quarta entrevista com docentes da UFMG sobre a lei de cotas
Ao receber nossa mensagem de e-mail enviada a todas as pessoas filiadas, a colega Elzimar Goettenauer de Marins-Costa se dispôs imediatamente a participar.
Na mensagem, perguntávamos se colegas pessoas negras (pretas e pardas) filiadas ao APUBH poderiam nos responder a uma breve entrevista, por meio de um formulário digital, para saber se e como, na avaliação das respondentes, Cotas mudaram perfis de pessoas discentes e docentes na UFMG.
Atenção, ao que a colega respondeu:
Sobre este ano a aprovação da Lei 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, completar dez anos, na avaliação da Elzimar como pessoa negra docente da a Educação Superior Pública, importância desta lei é que ela fomenta possibilidades para que ”os estudantes menos favorecidos economicamente, em geral negros, tenham oportunidade de ingressar na universidade”.
A docente da Faculdade de Letras (FALE) nos disse que em seu fazer docente e em seu convívio na Universidade, sentiu algum aumento na presença de pessoas negras discentes e que isso “impacta na representatividade de uma parcela da população que é diariamente invisibilizada e também impõe outras demandas, já que os alunos precisam de apoio financeiro, incentivo e também que a diversidade seja respeitada”.
Mesmo tendo nos dito que não se sente em condições de opinar sobre a necessidade ou não de revisão da legislação conforme previsto em seu art. 7º, nossa colega reafirma com firmeza o caráter inclusivo da lei objeto de nossa pesquisa e diz que “ se ela for revisada, que seja para dar garantias que possibilitem que os estudantes possam permanecer na universidade e concluir os cursos”.