Aulas presenciais só após ampla vacinação, defendem APUBH e mais de vinte entidades
Lançamento da Campanha “Nossa Prioridade é a Vida – Aulas presenciais só com ampla vacinação!” ocorreu em live, nesta segunda-feira (08/02)
Vinte e três entidades do setor da Educação uniram forças para lutar para que as aulas presenciais sejam retomadas apenas quando forem garantidas as condições de segurança sanitária, para estudantes, docentes e demais profissionais da educação. Para marcar essa posição, estas entidades lançaram a campanha “Nossa Prioridade é a Vida – Aulas presenciais só com ampla vacinação!”. O APUBH UFMG+ é uma das entidades que integram a Campanha. Além do sindicato, o movimento é composto por: ADPUC Minas, ADUEMG, ADUFOP, AGB, AMES-BH, ANDES-SN, APG/UFMG, CSP-Conlutas, CTB, DCE/UFMG, FENET, FETAEMG, FITEE, SINASEFE, SINDCEFET-MG, SINDIFES, SINDRede-BH, SINPRO Minas, UCMG, UBES, UEE e UNE.
A Campanha foi lançada na noite da última segunda-feira (08/02), por meio de uma live no canal Imprensa SINDRede/BH no Youtube. Clique aqui para assistir à live na íntegra. No lançamento, o APUBH UFMG+ foi representado pela professora Maria Rosaria Barbato, presidenta do sindicato. O lançamento também contou com a presença de Andréa Carla e de Vanessa Portugal, integrantes da diretoria do SINDRede/BH, de Rafael Morais, presidente da AMES-BH, de Mario Mariano, diretor da Regional Leste do ANDES-SN, de Décio Braga, presidente da FITEE, de Willian Apoleano, membro da FETAEMG, de Pedro Peixe, secretário geral do SINASEFE IFMG, de Adelson Moreira, membro do Conselho Deliberativo do SINDCEFET-MG, de Valéria Morato, presidenta do SINPRO Minas, e de Flávia Bischain, integrante da diretoria da APEOESP. A mediação foi realizada por Flávia Silvestre, integrante da diretoria do SINDRede BH.
A professora Vanessa Portugal ressaltou que “é importante que tenha essa unidade, porque não se trata de um problema específico deste ou daquele setor, mas de uma questão coletiva, que precisa ser tratada como tal”. Além do mote que dá nome à Campanha, a professora explicou que as entidades que integram o movimento concordaram que a luta também compreende outros temas, tais como: o retorno e ampliação do auxílio emergencial, a defesa do emprego, a defesa do socorro emergencial para as pequenas e microempresas e a defesa das instituições de pesquisa do Brasil.
A Campanha já conta com material de divulgação para redes sociais e, a partir do dia 15 de fevereiro, outdoors serão afixados nos principais corredores de Belo Horizonte. As entidades continuam conversando para definir as próximas peças a serem produzidas e ações a serem tomadas.
Maria Rosaria Barbato, presidenta do APUBH UFMG+: “estamos lutando, literalmente, para nos mantermos vivos”
Em sua fala, a professora Maria Rosaria Barbato (APUBH UFMG+) frisou que a Campanha parte da compreensão de que quaisquer decisões a serem tomadas em relação ao ensino, durante a pandemia, devem ser guiadas pelos cuidados com a vida. “Somos professores, técnicos, estudantes, cidadãos, queremos, sim, voltar às aulas, que nos fizeram muita falta neste ano, mas queremos isso de maneira segura, dando prioridade à vida”, definiu.
A professora explicou que a Campanha, mais do que um ato em defesa dos direitos das categorias ali representadas, era uma ação política contra o “negacionismo bolsonarista”, que ameaça a vida das pessoas no país. “Nós precisamos atuar em unidade em defesa de nossos direitos. Mais do que uma luta por direitos trabalhistas, na conjuntura atual em que a necropolítica de Bolsonaro é a nossa principal inimiga, estamos lutando, literalmente, para nos mantermos vivos, para preservar as vidas de nossas famílias”, disse a professora. Ainda segundo a docente, esta mobilização contribuirá para pressionar que o governo acelere o projeto de vacinação da população brasileira.
A presidenta do APUBH UFMG+ reforçou que, como foi deliberado em assembleia da categoria, o sindicato lutará para que o retorno das aulas presenciais só ocorra quando houver imunização em escala geral. A professora também trouxe à tona a necessidade de combater o negacionismo da Ciência, que tem afetado diretamente o combate à Covid-19 no país, ponto este que também foi definido na assembleia docente. “As universidades públicas são os principais pólos produtores de Ciência no Brasil. Então, é nossa função, como categoria, conscientizar e atuar pressionando para que o Poder Executivo aja em consonância com o que diz a razão, com o que diz a Ciência”, salientou a docente.