Aulas presenciais só após ampla vacinação, alertam carros de som nas periferias de BH
A ação foi promovida em conjunto por 24 entidades ligadas ao setor da educação, incluindo o APUBH UFMG+.
“Alô, comunidade! Nós, trabalhadores em educação e estudantes, queremos reforçar um recado: as escolas ainda não podem ser reabertas. A situação da pandemia nunca esteve tão feia. São quase três mil mortes por dia. Acreditamos que, para que todos pudessem estar em segurança, nem o comércio e nem as fábricas e tão pouco a construção civil deveriam funcionar nesse momento”. Esta é uma das várias mensagens veiculadas por carros de som, que percorreram as ruas das periferias de Belo Horizonte, no dia 6 de abril.
A ação foi promovida em conjunto por 24 entidades ligadas ao setor da educação, representando os seus diferentes níveis (do básico ao superior) e âmbitos (municipal, estadual e federal). Os áudios foram produzidos pelo SINDRede-BH, com o apoio do APUBH UFMG+ e das seguintes entidades: ADUEMG, ADUFOP, AGB, AMES-BH, ANDES-SN, APG/UFMG, CSP-Conlutas, CTB, CUT, DCE/UFMG, FENET, FITEE, FETAEMG, FITEE, SINASEFE, SINDCEFET-MG, SINDIFES, SINPRO Minas, UCMG, UBES, UEE e UNE.
Por meio dessa ação, as entidades foram ao encontro da população para alertá-la sobre os riscos do retorno às aulas presenciais, para estudantes, professores e demais trabalhadores da Educação, neste momento em que vivemos o ápice da pandemia de Covid-19.De forma simples e direta, as entidades denunciaram os efeitos nocivos da política genocida do Governo Bolsonaro na condução da pandemia. “Bolsonaro errou ao desprezar a vacina e, por não a comprar com antecedência, agora, tem que correr atrás. Nossa luta é pela vida: nosso povo não pode morrer nem de fome, nem de Covid”, afirma o trecho de outro dos áudios.
As dificuldades que os cidadãos e as cidadãs vêm enfrentando, ao longo de mais de um ano da pandemia, também foram tema das mensagens veiculadas. Nesse sentido, as entidades reivindicaram, por meio dos carros de som, uma série de medidas que devem ser aplicadas pelo Poder Público para que tenhamos condições de superar esta crise sanitária e humanitária, a saber: o pagamento de um Auxílio Emergencial que possibilite a permanência em casa, a ampla vacinação da população e a adoção de lockdown para conter a proliferação do vírus.