Assembleia aprovou jornada de lutas do APUBHUFMG+: paralisação (27/06) e “Ocupa UFMG” (28 e 29/06)
As professoras e professores da UFMG vão paralisar as suas atividades na próxima segunda (27/06), contra cortes orçamentários na Educação e na Ciência, contra as privatizações e em defesa da reposição salarial do funcionalismo público federal. A data de paralisação integra o calendário nacional de manifestações das Instituições Federais de Ensino (IFES), aprovado em reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), no dia 11 de junho.
A adesão ao dia de paralisação foi deliberada em Assembleia Geral Extraordinária, convocada pelo APUBHFMG+ ontem, dia 23. Para ampliar a possibilidade de participação, a assembleia foi realizada em formato híbrido, mesclando a modalidade presencial (na sede do sindicato) com a modalidade virtual (pela plataforma Zoom).
Assembleia foi realizada de forma híbrida
Por decisão da assembleia, a pauta da paralisação do dia 27 de junho também contempla a defesa das liberdades democráticas e do direito de greve e paralisação, em solidariedade ao movimento grevista dos técnico-administrativos em Educação (TAEs) da UFMG. Em greve desde o dia 01/06, a categoria reivindica melhores condições de trabalho e luta contra os cortes orçamentários.
Contudo, a categoria dos TAEs, representada pelo SINDIFES, foi surpreendida por ofício da Pró-reitoria de Recursos Humanos (ProRH/UFMG), que orienta as coordenações das unidades acadêmicas, entre outras medidas, a dispensarem servidores em cargos de confiança que aderirem ao movimento grevista. A decisão da universidade foi considerada, pelo movimento grevista, como antidemocrática e contrária ao direito de greve. Em resposta, a categoria fechou a entrada do prédio da reitoria da UFMG, na manhã de ontem. E como resultado, a reitoria aceitou realizar uma reunião com o Comando de Greve para tratar do acordo para o pós greve.
A assembleia do APUBHUFMG+ de ontem (23/06) deliberou, também, pela adesão ao movimento “Ocupa UFMG”, que será realizado nos dias 28 e 29/06 (terça e quarta-feira). A atividade prevista no calendário de lutas do ANDES-SN propõe o amplo diálogo e mobilização da comunidade universitária, através da realização de atividades presenciais (panfletagens, aulões, rodas de conversa, apresentações artístico-culturais, etc.) nos campi das universidades e IFEs.
Sobre a programação de atividades nos dias de manifestação, a assembleia aprovou a realização de manifestações no Campus Pampulha da UFMG, a exemplo do ato dos três setores no gramado da reitoria da universidade, na última terça-feira (21/06). Além da mobilização interna, está prevista a realização de uma ação na portaria da universidade na Av. Antônio Carlos. A proposta desta atividade é dialogar com a população, promovendo o a conscientização sobre as pautas do movimento e como estas afetam toda a sociedade.
A manifestação deve contar com panfletagem, exposição de faixas e a contratação de um grupo de teatro para a realização de uma performance artística, que alerta para os danos ambientais e ataques aos povos originários, que vêm ocorrendo nos governos Zema e Bolsonaro. Estas ações ocorrerão após a presença da comunidade na palestra de abertura do Seminário Anual do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) da UFMG, a ser ministrada pelo líder indígena e ambientalista Ailton Krenak, no dia 27 de junho.
Os participantes da assembleia reiteraram a necessidade de buscar envolver a categoria nas atividades, ampliando a participação de docentes e construindo as ações em conjunto com os demais setores que compõem a comunidade acadêmica – TAEs e estudantes.
Por fim, a assembleia optou por não deliberar sobre a participação do sindicato na Semana de Lutas em Brasília (DF), de 04 a 07/07, contra os cortes orçamentários, as privatizações e em defesa da educação pública. A decisão foi tomada em virtude da diminuição do quórum da assembleia, naquele momento, bem como da necessidade de mais informações sobre a programação.
Professoras e professores, participem! Não nos faltam motivos para lutar! É a presença atuante de todas e todos que dá força às ações do sindicato!
