APUBH UFMG+ realizou Assembleia Geral Extraordinária em 28/07/2021
Confira os informes gerais e de unidades acadêmicas, as discussões e encaminhamentos da Assembleia Geral Extraordinária
No dia 28 de julho, o sindicato APUBH UFMG+ realizou mais uma Assembleia Geral Extraordinária Eletrônica dos professores da UFMG (Belo Horizonte, Montes Claro) para discutir e deliberar sobre a pauta: 1. Informes gerais; 2. Ensino Híbrido Emergencial (Ofício nº 10/2021-PROGRAD-UFMG); 2.1 Informes da Diretoria; 2.2. Informes das Unidades; 3. Discussões e Encaminhamentos.
A Assembleia Geral teve início com a abertura dos trabalhos pela presidenta do sindicato, Professora Maria Rosaria Barbato, que informou que, conforme deliberações assembleares anteriores, estamos participando de todos os atos Fora Bolsonaro chamados nacionalmente e localmente, assim como, estamos participando da Frente Mineira em Defesa do Serviço Público e que participaríamos nos dias 29 e 30 de julho do Encontro Nacional de Trabalhadores do Serviço Público contra a PEC-32, momento de debate e resistência contra a Reforma Administrativa proposta pelo governo Bolsonaro.
Além disso, nos informes, a professora Maria Rosaria Barbato trouxe à Assembleia um breve relato sobre os trabalhos da Comissão de Vinculação Nacional, indicando que essa comissão é composta por membros da diretoria do sindicato e membros do Conselho de Representantes. Foi organizado um primeiro encontro contemplando a História do APUBH UFMG+. A professora Ana Elisa Cruz Correia (EBTT/COLTEC), representante do sindicato junto ao Conselho de Representantes, reforçou que a Comissão de Vinculação Nacional fez algumas reuniões para tratar a temática, sendo que, o primeiro passo da Comissão foi a construção de uma Live com a História do APUBH UFMG+, em que se fez uma abordagem com diversas perspectivas, salientou a docente. O vídeo na integra da Live História do APUBH UFMG+ encontra-se disponível no endereço https://www.youtube.com/watch?v=SWe3VVB1Xt8. A Comissão de Vinculação Nacional pretende mostrar, informou ainda a professora, a relevância de se dar o passo da vinculação nacional. O que significa vincular o sindicato APUBH UFMG+ nacionalmente? O que significa manter o APUBH como estamos não vinculando o sindicato nacionalmente? O que significa lutar contra os ataques que temos sofrido do governo Bolsonaro não estando vinculados nacionalmente?.
Além disso, informou a docente Ana Elisa Cruz Correa, que a Comissão de Vinculação Nacional pretende a mobilização do Conselho de Representantes com o intuito de pensar a construção desse debate nas unidades acadêmicas. Os colegas que não estão na Comissão e querem sugerir pontos de discussões para a Comissão de Vinculação Nacional poderão enviar suas sugestões para a secretaria do sindicato (apubh@apubh.org.br). A Comissão procurará tirar as dúvidas e abrir o debate para uma decisão legítima com a categoria, finalizou a docente.
Em seguida, a presidenta do sindicato, Professora Maria Rosaria Barbato, colocou que a motivação da Assembleia Geral Extraordinária foi o recebimento do Ofício Circular nº 10 da PROGRAD, onde Diretores de Unidades, Coordenadores de Colegiados de cursos de Graduação e Chefes de Departamentos Acadêmicos foram comunicados sobre as orientações iniciais para o planejamento da oferta remota, presencial e híbrida de atividades acadêmicas curriculares (AACs) de ensino de graduação para o período letivo 2021/2º, elaboradas pelo grupo de trabalho instituído pela Câmara de Graduação do CEPE, e aprovadas no dia 8 de julho de 2021. Com a informação recebida nesse ofício, aponta-se para um planejamento da oferta das atividades acadêmicas em três cenários: o ensino remoto emergencial, o ensino híbrido emergencial com o teto de ocupação dos espaços das unidades acadêmicas em até 20%, o ensino hibrido emergencial com o teto de ocupação dos espaços das unidades acadêmicas em até 40% para o próximo semestre letivo (2021/2º). O sindicato foi procurado por vários professores, e, diante dessa nova regulamentação, chamou-se o Conselho de Representantes do APUBH UFMG+ que achou fundamental a criação de uma comissão de trabalho para estudar e propor sobre esse assunto.
Em seguida, a professora Maria Luiza Grossi Araújo, primeira secretária do APUBH UFMG+ (IGC/Departamento de Geografia), a professora Flávia Bulegon Pilecco, do Conselho de Representantes do sindicato e do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina/UFMG e o discente Marcus Vinícius Ribeiro, graduando do oitavo período do curso de Medicina/UFMG fizeram um breve relato da Live “Ensino Hibrido Emergencial: reflexões críticas”, organizada pelo sindicato na última terça-feira (27 de julho) com a finalidade de contribuir com as discussões dessa Assembleia de professore(a)s. A Live contou com a participação das professoras Silvane Aparecida Gomes, doutoranda no Programa de Pós Graduação em Estudos Linguísticos/FALE-UFMG, Jane Ventura Miranda, Professora EBTT/UFPE e Dirigente do SINDSIFPE, Flávia Bulegon Pilecco, Professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina/UFMG e Marcus Vinícius Ribeiro, graduando do curso de Medicina/UFMG e integrante do DAAB/DCE. A live poderá ser acessada integralmente no canal do APUBH no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Z3MQeqSQbKU&t=3951s
No item “Informes das Unidades”, indicou-se que a Faculdade de Ciências Econômicas (FACE/UFMG) aprovou a impossibilidade do retorno presencial das aulas no segundo semestre de 2021 – apontou-se para a realidade dos prédios da FACE; além disso, indicou-se a possibilidade de uso da biblioteca e, talvez, alguma apresentação presencial de TCC ainda em estudo. Para o Instituto de Geociências (IGC/UFMG) apresentou-se apenas os informes do curso de Geografia. Foi realizada Assembleia Departamental na sexta-feira, 23 de julho, onde não foi informado sobre o que a Reitoria irá fornecer ou não para docentes e discentes para garantir o retorno presencial seguro dos docentes. No Departamento de Geografia há o início do planejamento para, conforme colocado na Assembleia Departamental, uma possível efetivação de oferta presencial de disciplinas, e trabalhos de campo. Nesse último caso, o planejamento está sendo feito pela Chefia do Departamento e Direção da Unidade. Informou-se ainda, que na sexta-feira 29 de julho haveria reunião na PROGRAD com os Chefes de Departamentos e Coordenadore(a)s de Colegiados de Graduação. A Faculdade de Educação (FAE/UFMG) indicou que realizaram reunião na segunda-feira,26 de julho. O Comitê de Biossegurança da unidade havia enviado um questionário a todos o(a)s professore(a)s da unidade para avaliarem sobre o retorno presencial. O documento aponta que a FAE/UFMG não tem condições de retorno presencial no 2021/2º por estarem em reforma no prédio. Os docentes dessa unidade usarão o 2021/1º para pensar e planejar um provável retorno em 2022/1º. A Faculdade de Letras (FALE/UFMG) indicou que houve nessa unidade, uma reunião colegiada do NDE com o Coordenador de Colegiado e a Direção da Unidade. Foi indicado nessa reunião que no segundo semestre 2021 a FALE não voltará as atividades presenciais. Como foi uma decisão tomada por um pequeno grupo de pessoas, o Coordenador do Colegiado vai solicitar aos colegas a manifestação de sua posição. Para a Escola de Educação Física e Terapia Ocupacional (EEFFTO/UFMG) foi informado que os Departamentos da EEFTO/UFMG indicam uma negativa em se investir no ensino híbrido com retorno presencial no 2021/2º. A Escola de Ciência da Informação (ECI/UFMG) relatou que em sua unidade, o que tiveram até o momento foi o envio de e-mails administrativos com perguntas que sugerem a admissibilidade da proposta. Os professores estão respondendo um google doc., individualmente, e não se abriu coletivamente, até o momento, a discussão do tema. Não se sabe ainda, se os professores da Escola de Ciência da Informação estão, majoritariamente, de acordo com o retorno híbrido. Em seguida, foi apresentada a posição do Departamento de Direito do Trabalho e Introdução ao Estudo do Direito (DIT) da Faculdade de Direito/UFMG. Nesse Departamento indicou-se que há uma certa dificuldade dos professore(a)s em pensar um retorno gradual no formato híbrido. Há questionamentos sobre os estudantes que entraram recentemente na universidade e que nunca vivenciaram a universidade, por outro lado, há os colegas que questionam se vale a pena o risco em relação a Covid-19. O próprio Monitora-Covid indica uma contaminação de 10% da população universitária. Também se apontou a dificuldade própria da Faculdade de Direito, cujo acesso aos andares é feito por elevadores. Foram avaliadas todas as questões contrárias e, nesse momento há mais perguntas que respostas. Na Faculdade de Direito no DIT apontou-se que qualquer tipo de volta não deve ser para os professores e estudantes.
No item “discussão e encaminhamentos” a Professora e vice-presidenta do APUBH UFMG+, Analise da Silva Jesus (FAE/UFMG), lembrou que estamos em um cenário que temos mais de 14 milhões de brasileiros desempregados, o preço dos alimentos e combustível inflacionados com dados do DIEESE que indicam um aumento em até 80%. Para a docente, seguindo a lógica da mercantilização de tudo, estamos assistindo a um processo de destruição da educação, especialmente da educação pública. Não conseguimos ainda colocar peso na EC-95 que representa um corte de aproximadamente 30% na Universidade, e pode significar a compra de materiais de biossegurança (EPI’s, tapetes de biossegurança, máscaras e, principalmente o rastreamento de contato dos assintomáticos). O sindicato tirou em assembleia anterior que só voltaremos com a ampla vacinação da população, salientou professora.
A Assembleia deliberou que o sindicato APUBH UFMG+ deve indicar à Reitoria o pedido de adiamento de aprovação da resolução que regulamentará as atividades acadêmicas curriculares para o Ensino Híbrido Emergencial (EHE), para que a comunidade acadêmica da UFMG, de fato, tenha mais prazo para discutir e se posicionar coletivamente; além disso o sindicato deve expressar à Reitoria sua posição contrária em relação à regulamentação da oferta de atividades acadêmicas no formato híbrido na UFMG para todos os seus cursos durante o período de pandemia da doença COVID-19. Voltaremos às atividades presenciais apenas quando todo(a)s puderem contar com a disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para estudantes, professores, técnicos e terceirizados pela UFMG e quando estivermos todo(a)s vacinado(a)s com o protocolo vacinal completo. E que estaremos planejando essa preparação no segundo semestre de 2021 e que retornaremos plenos em 2022 sem que nenhuma pessoa da comunidade da UFMG tenha sua saúde ou sua vida ameaçada. Queremos voltar, quando tivermos condições de biossegurança que nos garantam. Outro encaminhamento tirado na Assembleia é que o sindicato deve intensificar com a categoria a defesa radical de nossa saúde física, mental, emocional e política. A aprovação da Resolução que implementa o EHE a partir de 2021/2º, fará com que o APUBH UFMG+ sinalize junto à categoria a construção efetiva da deflagração de uma “Greve Sanitária”, bem como a adoção das medidas jurídicas cabíveis.
A Assembleia foi finalizada com a presidenta do sindicato, professora Maria Rosaria Barbato reiterando que o(a)s professore(a)s da UFMG não pararam nem um só dia as suas atividades acadêmicas desde 2020. Queremos e desejamos muito voltar às atividades presenciais junto com os estudantes e técnicos administrativos. Contudo, conforme lembrou a presidenta do sindicato, de acordo com os indicadores e o que nos dizem os epidemiologistas, não é ainda o momento mais favorável para se pensar em retorno presencial, pois o mais importante é garantir a vida e a saúde de toda a comunidade acadêmica para um retorno, de fato, seguro. Temos muitos desafios, e somente com a participação coletiva, solidária e amadurecida, olhando para nossas realidades é que poderemos avançar no processo de retorno presencial.