Acontece no APUBH

APUBH participa como convidado do 65º CONAD – ANDES-SN

Congresso do ANDES-SN contou com a participação de dirigentes de sindicatos de inúmeras IFEs

APUBHUFMG+ na 65ª edição do Conselho do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – CONAD | Foto: Eliene Novaes.

Com o tema “Retorno presencial com condições de trabalho e políticas de permanência para fortalecer a luta por Educação Pública e liberdades democráticas”, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES- SN realizou a 65ª edição do Conselho do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – CONAD, entre os dias 15 e 17 de julho, em Vitória da Conquista, na Bahia. Participaram delegado(a)s, observadore(a)s e diretore(a)s de 58 seções sindicais filiadas ao ANDES-SN de todo o país.  O APUBHUFMG+ participou como convidado e foi representado pelos professores Maria Rosaria Barbato, Eliezer Sousa Costa e Marly Nogueira, respectivamente, presidenta, diretor financeiro e vice-diretora financeira.

“Para nós, do APUBH, este 65º CONAD representou mais uma oportunidade em nossa formação sindical”, explicou a professora Marly Nogueira, vice-diretora de finanças do APUBHUFMG+. A professora também reforçou a necessidade de que o APUBHUFMG+ rompa com o seu isolamento, construído em outros tempos, e passe a integrar o movimento docente nacional, “como a única forma de nos fortalecer ainda mais como sindicato na escala nacional, na luta por uma Educação Pública e pelas liberdades democráticas”.

Esperançar

Na mesa de abertura, a atual presidenta do ANDES-SN, professora Rivânia Moura fez um discurso baseado no termo “esperançar”, cunhado por Paulo Freire. Ela destacou o poder da perseverança, da junção de forças, da mobilização que representam o esperançar da luta da categoria docente das IFES. Um esperançar, que segundo ela, transparece na luta em defesa de direitos e pela universidade pública brasileira. Moura destacou também as lutas encampadas pelos docentes nos últimos anos, tais como a reivindicação de reajustes salariais, contra as propostas de reforma administrativa, contra o corte de recursos para as universidades e para a ciência e pesquisa. “O ANDES-SN foi, sim, uma das entidades que mais colocou gente nas ruas. O nosso esperançar é na luta, na nossa organização e mobilização”, falou.

Ainda na abertura, falaram representantes da reitoria da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), sede do evento, do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da UESB (AFUS), do Diretório Central dos Estudantes da UESB, do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e da CSP-Conlutas. De acordo com o ANDES-SN, “as falas apontaram a importância da mobilização docente para a defesa da Educação, da universidade pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada e da classe trabalhadora e, ainda, como a luta empreendida por professoras e professores serve de inspiração e estímulo para estudantes e outras categorias”.

Discussões e Deliberações

Durante o CONAD, os presentes participaram de três plenárias:  Tema I – Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente; Tema II – Atualização dos Planos de Lutas dos Setores e Plano Geral de Lutas; Tema III – Questões Organizativas e Financeiras.

No encerramento do Conselho, a presidenta do ANDES-SN, professora Rivânia Moura destacou a importância dos sindicatos na defesa da categoria docente.   “Saímos daqui fortalecidas e fortalecidos para os enfrentamentos, para fazer a luta necessária. Saímos reafirmando o sindicato, os seus princípios e a concepção de classes, de uma classe que tem raça, gênero e orientação sexual e que certamente passa por processos de exploração diferenciados dentro da sociabilidade do capital. Como foi apontado na nossa carta, saímos daqui com a atualização do nosso plano de lutas e a conclusão do debate que iniciamos no 40º Congresso. Tínhamos um enorme desafio e nós fizemos esse esforço coletivo. Vamos sair daqui também, certamente, fortalecendo o nosso grito de “fora Bolsonaro” nas urnas e nas ruas. Porque sabemos que é fundamental enfrentar o bolsonarismo que está instaurado na nossa sociedade”, disse.

Do evento saiu a Carta de Vitória da Conquista, que é um resumo de todos os debates realizados durante o CONAD. Diz um dos trechos do documento: “Na análise de conjuntura, em âmbito nacional, destacou-se a violência política, os ataques à Educação e aos direitos sociais e trabalhistas. Reafirmamos a necessidade de construção da unidade na luta para enfrentar o bolsonarismo nas ruas e nas urnas. No Plano Geral de Lutas apontamos os imensos desafios em organizar a reação contra a privatização da Educação, os cortes orçamentários, o reuni digital, o retorno presencial sem as condições sanitárias e de ensino e aprendizado adequadas, e a defesa da liberdade de cátedra”.

“O importante evento se particularizou pela profundidade dos debates e da reflexão acerca da temática central proposta, mas também, pelas reflexões e manifestações acerca dos perigos que rondam a democracia no Brasil, sobretudo neste ano de 2022, quando teremos eleições gerais: executivos nacional e estaduais e parlamentos estaduais e federal”, definiu Marly Nogueira, vice-diretora de finanças do APUBHUFMG+.

Com informações do ANDES-SN