Ajude uma paratleta PCD da UFMG a conquistar seu sonho!*
A estudante Juliana de Jesus Aquino Silva, graduanda do curso de Educação Física da EFFTo da UFMG, é uma pessoa com múltiplas deficiências – intelectual e física – e que não desiste de se tornar uma paratleta olímpica e com carreira internacional. Ela é uma mulher negra, pobre, periférica, com 40 anos e pessoa com deficiências (PCD). A Juliana nasceu com deficiência neuromotora, com diagnóstico de Agenesia Total do Corpo Caloso, Colpocefalia e Ventriculomegalia o que resultou em Paraparesia Espástica Diplégica e déficit intelectual. Devido a uma inscrição de mundo tão singular e por ser uma mulher aguerrida e corajosa, na UFMG, a Juliana é uma das fundadoras do Movimento Universitário pela Diversidade e Inclusão (MUDI). A estudante é moradora do bairro Cristina em Santa Luzia e depende das péssimas condições do transporte público para se deslocar da Região Metropolitana de Belo Horizonte até a UFMG. São 4 horas de viagem, diariamente, e Juliana já sofreu alguns acidentes neste transcurso. É muita força de vontade que a estudante e paratleta possui para dar conta deste desafio.
Como se não bastasse enfrentar os problemas correlatos à pouca acessibilidade no sistema de transporte urbano, a Juliana ainda enfrenta um grave quadro de vulnerabilidade social e econômico que é o retrato das precárias políticas socioeconômicas no nosso país. Por morar, de favor, em um mesmo lote com um tio que recebe salário mínimo, a estudante não consegue receber o Benefício de Prestação continuada (BPC), no valor de um salário mínimo, para custear suas despesas básicas com alimentação, itens de higiene pessoal e pagamento da conta de celular. E, infelizmente, Juliana não pode contar com o apoio financeiro deste tio que é adoentado e gasta o salário mínimo que recebe com o próprio tratamento de saúde. Sendo assim, a Juliana tem contado apenas com a política de assistência estudantil da UFMG (isenção de pagamento para realizar as refeições) para conseguir se alimentar. É um quadro dramático de vulnerabilidade socioeconômica.
A paratleta treina no Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG, nas modalidades de arremesso de peso, corrida em cadeira de rodas e lançamento de dardo. A Juliana está em segundo lugar no ranking nacional na corrida em cadeira de rodas, modalidade prova de pista, da categoria T34. Ela já conquistou o podium em outros campeonatos estaduais e regionais. O programa de treinamento esportivo destinado a atletas do CTE/UFMG possibilitou que a Juliana se descobrisse como paratleta e o encontro com este talento lhe devolveu a vontade de viver. São muitos os preconceitos e violências que a Juliana enfrenta para conseguir estudar e levar a vida como paratleta, contudo ela não desiste do seu sonho de construir uma carreira internacional no esporte paraolímpico.
De 30 de novembro a 4 de dezembro, a Juliana deseja participar do Campeonato Brasileiro de Atletismo Adulto em São Paulo e contamos com o seu valioso apoio financeiro para que a nossa paraatleta da UFMG siga conquistando o podium. A estudante criou uma vaquinha na internet para receber as contribuições: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-me-tornar-uma-para-atleta-olimpica
Aqueles que desejarem conhecer mais sobre a trajetória esportiva da Juliana pode acessar o seu perfil no instagram: @ju_2025paradesp
Os(as) colegas do sindicato que puderem contribuir, de forma regular, para que a Juliana possa seguir investindo em sua carreira esportiva poderão fazer as doações, de forma mensal, pelo pix: 06584234606 (CPF) Juliana de Jesus Aquino Silva. Qualquer valor de doação será muito bem-vindo!
*Profa. Márcia Lousada, representa o IGC no Conselho de Representantes do sindicato e é apoiadora da estudante Juliana de Jesus