Acontece no APUBH

27/06 foi um dia de luta na UFMG: Não aos cortes em Educação e Ciência! Reposição salarial já!

A luta continua! Na última segunda (27/06), as professoras e os professores da UFMG paralisaram as suas atividades, em protesto contra os cortes orçamentários na Educação e na Ciência, contra as privatizações e em defesa da reposição salarial do funcionalismo público federal. A adesão à paralisação, assim como a programação do dia e a participação no “Ocupa UGMG”, foram aprovados na assembleia da categoria do dia 23. A jornada de lutas do APUBHUFMG+ segue o calendário nacional de manifestações das Instituições Federais de Ensino (IFES), aprovado em reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), no dia 11 de junho.

As manifestações do dia de paralisação começaram no final da manhã, com a realização de um Ato simbólico no gramado da reitoria da UFMG. No local, foram estendidas bandeiras e faixas, com frases alusivas à luta contra os cortes orçamentários e as privatizações e em defesa da educação e universidade públicas.

Na parte da tarde, a comunidade acadêmica compareceu ao ciclo de conferências “Futuro, essa palavra”, que faz parte das atividades comemorativas dos 95 anos da UFMG. O ciclo foi aberto pela conferência “Diálogos pela (re)existência em um mundo comum”, ministrada pelos líderes indígenas Ailton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami, no auditório da reitoria. No evento, foi colocado em debate o crescimento do consumo predatório dos recursos naturais do meio ambiente, que afetam as vidas e os territórios dos povos originários do Brasil. Este tipo de exploração, sobretudo da mineração, teve um aumento gritante no governo Bolsonaro, acompanhado do enfraquecimento do aparato estatal de vigilância e legislação própria.

No bojo desta discussão, a proteção humanitária e ambiental deu a tônica do ato político-artístico no saguão da reitoria da UFMG, promovido pelo APUBHUFMG+. No local, o Grupo Lambuzados realizou uma instalação artística, que dramatizava o crime da Vale nas cidades de Mariana e Brumadinho. Este foi um alerta, ainda, para os danos ambientais, humanitários e culturais que podem ser causados na capital mineira, caso seja liberada a exploração da Serra do Curral. O ato também prestou homenagem à memória e luta dos ativistas Bruno Pereira e Dom Philips, que foram assassinados na Amazônia, no início deste mês.

O APUBHUFMG+ promoveu um ato político-artístico no saguão da reitoria da UFMG, com performance do Grupo Lambuzados | Foto: Lara Marques | APUBHUFMG+.

“Hidrominério, no curral do vale-tudo, um bom negócio, onde o crime compensa”, cantavam os artistas do grupo, que se apresentaram com os corpos cobertos, fazendo referência à lama da mineração. Conforme saíam do auditório, os participantes da palestra foram envolvidos na manifestação no saguão do prédio. E então, o ato ganhou as ruas do Campus, com os manifestantes seguindo em cortejo até à Portaria da universidade, na Av. Antônio Carlos. Os Lambuzados puxaram a marcha, sendo seguidos pelo protesto com bandeiras e faixas. Finalizando as manifestações do dia, foi realizada uma ação de conscientização da população na entrada da UFMG, que contou com diálogo com pedestres e exibição de faixas na avenida.

A mobilização da comunidade acadêmica não pode parar! Sigamos na luta pela valorização da Educação e da Universidade públicas e dos servidoras e servidores públicos federais! Sigamos na luta em defesa dos povos originários e do meio ambiente!

Fora governo Bolsonaro! Fora governo de morte e de fome!

O APUBHUFMG+ promoveu ação de conscientização da população na Portaria da UFMG, na Av. Antônio Carlos | Foto: Lara Marques | APUBHUFMG+.

 

GALERIA DE FOTOS: 27/06/22 – Não aos cortes na ciência e educação #OCUPAUFMG