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24J – Ato Fora Bolsonaro, Mourão e todo o seu governo

Ainda vivemos a pandemia de coronavírus. O Brasil é o segundo país com maior número de mortos e o terceiro com maior número de casos.  A nova variante delta (indiana) reacendeu o alerta em todo o mundo. Países que já tinham, de alguma forma, afrouxado algumas regras para o enfrentamento à pandemia, como Coreia do Sul, Israel e Austrália, estão retomando a obrigatoriedade de uso de equipamentos de proteção individual e endurecendo as medidas de isolamento social.

Enquanto isso, no Brasil, a CPI da Covid escancara cada vez mais que estamos nesta situação trágica em relação a pandemia pelo negacionismo e necropolítica do governo Bolsonaro. Mas também por um elaborado esquema de corrupção, em que para beneficiar atravessadores no mínimo suspeitos, ignorou contatos oficiais de grandes farmacêuticas e o ordenamento administrativo do Estado para beneficiar um punhado de indivíduos.

Além disso, sob a falsa afirmação de que o funcionalismo público da forma como existe no Brasil funciona como “cabideiro de empregos”, o governo Bolsonaro está propondo a Reforma Administrativa.

Porém, é a Reforma Administrativa que transformará esta mentira em realidade, ao criar 1 milhão de cargos para livre nomeação em níveis municipal, estadual e federal. A Reforma eliminará as restrições que existem hoje, e permitirá a ocupação de cargos públicos e funções de confiança sem nenhuma restrição.

Além disso, o governo Bolsonaro afirma a falácia de que o Brasil possui muitos funcionários públicos. A média dos países da OCDE é de 21 % da população total empregada dos países empregados como funcionários públicos. Enquanto alguns países passam de mais de 30% dos habitantes nestas funções, como Noruega e Dinamarca, no Brasil, apenas 12% das pessoas trabalha no setor público.

O governo Bolsonaro mente. Usa de sua demagogia ultra neoliberal para justificar ações que em nada irão melhorar o funcionamento dos serviços públicos e, consequentemente, as condições de vida dos brasileiros. Quanto menos serviços públicos, menos hospitais públicos, menos universidades, escolas e creches públicas.

Isso, em conjunto com a calamidade social e sanitária que vivemos, com os maiores números de desempregados e trabalhadores informais da história, números estes causados pela postura ultra neoliberal do governo Bolsonaro, são motivos mais que suficientes para continuarmos na rua, pela deposição deste governo de morte e fome. Convidamos a todas e todos que puderem, cumprindo as medidas de proteção, como o distanciamento e uso de equipamentos de proteção individual, a se juntar nas atividades do dia 24 de julho, na luta contra a Reforma Administrativa e pela deposição do governo Bolsonaro.