#20N: ‘Povo preto unido é povo preto forte! Salve aqueles que vieram antes de nós’
O APUBH UFMG+ foi às ruas, no Dia da Consciência Negra, lutar contra o genocídio do povo negro e pelo fim deste governo de morte e fome. Fora Governo Bolsonaro racista!
O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, é, historicamente, um dia de lutas. Dia de ir às ruas para reafirmar e potencializar, coletivamente, as bandeiras de luta do povo negro no Brasil. A data é marcada por manifestações contra o genocídio, a exclusão e as precárias situações de vida a que a população negra é exposta no país.
Em 2021, a data completa 50 anos, desde que começou a ser celebrada pelo povo negro brasileiro, em plena ditadura militar. E, no cenário atual, com ascensão de um governo com viés fascista, o dia de lutas se tornou ainda mais relevante. Atualmente, o racismo se tornou uma verdadeira política de Estado. A ascensão de um governo ultraneoliberal no Brasil acentuou as desigualdades sociais e o racismo estrutural. Mazelas estas que têm, entre as negras e os negros, os seus maiores atingidos. E com a grave crise sanitária e humanitária que se abateu sobre o Brasil, devido à política genocida do atual governo federal na condução da pandemia da Covid-19, a população pobre e preta sentiu a sua situação se agravar ainda mais.
Assim, a pauta do Dia da Consciência Negra, neste ano, foi unida à luta pelo fim do governo Bolsonaro, com a adesão de movimentos populares, sindicais e estudantis e de representantes de mandatos progressistas. Em diversas cidades do país, o movimento negro protagonizou protestos em defesa da vida e contra a fome, o desemprego e a violência.
“O que nós queremos é que nossos jovens negros e negras estejam vivos e vivas conosco na universidade. O que nós queremos é que a gente dê conta de dar combate e tirar de lá, do Palácio do Planalto, esse governo racista, esse governo de morte e de fome, esse governo que só deseja, para a juventude pobre, um genocídio”, reforçou a professora Analise de Jesus da Silva, vice-presidenta do APUBH UFMG+, que esteve presente nas manifestações, em Belo Horizonte.
Na capital mineira, a concentração para o ato foi realizada na Praça da Liberdade. De lá, as/os manifestantes seguiram em marcha pelas ruas, praças e demais espaços públicos da região central da cidade. O APUBH UFMG+ esteve presente no ato, em sintonia com as entidades representativas dos setores da comunidade acadêmica da UFMG. “Nós somos professores da universidade e se paramos para pensar quantos professores e professoras negros e negras nós somos, vemos que a exclusão a que o nosso povo preto está submetido, desde que foram sequestrados em África, ainda mostra muitos reflexos, ainda impacta muito nas possibilidades de trabalho e de respiro para o trabalhador”, definiu a vice-presidenta do APUBH UFMG+.
A história do povo negro brasileiro é uma história de luta. Hoje, saudamos os avanços conquistados e a resistência contra os retrocessos, que são resultado da coletividade, do esforço e do sacrifício destas pessoas. E, em nome destas pessoas, continuamos na luta. Nas palavras da professora Analise da Silva, em sua participação no ato: “Povo preto unido é povo preto forte! Salve aqueles que vieram antes de nós”.
Confira, a seguir, o registro em fotos e vídeos da participação do APUBH UFMG+ na mobilização, no canal Youtube e nas redes sociais do sindicato.
