Acontece no APUBH

2 de outubro: todos, todas e todes  às ruas contra o governo Bolsonaro

No dia 2 de outubro, mais uma vez, estaremos nas ruas no movimento contra o governo Bolsonaro. Contra este governo negacionista, proponente de uma necropolítica, que foi responsável por colocar o Brasil na triste posição de segundo país no mundo em número de mortes na pandemia da Covid-19 e que  deixou milhares de brasileiros morrerem sem vacina porque, simplesmente, não respondeu os e-mails de uma das empresas que desenvolveu o imunizante, além de não ter se empenhado em produzir uma política pública séria de combate e controle à pandemia.

Contra este governo que colocou em prática uma série de medidas anti-povo e lesa-pátria, como a manutenção do teto de gastos em áreas essenciais, como a saúde, mesmo em momento de crise sanitária; a sustentação  e aprofundamento da reforma trabalhista, com a aprovação de medidas como a Lei Complementar 173 de 2020, que estabelece o auxílio financeiro a estados e municípios, com o envio de recursos e isenções fiscais para combate às consequências da pandemia, mas em contrapartida, exigiu o congelamento de salários, a proibição  a criação de novos cargos e funções e o veto às  alterações na estrutura da carreira de servidores que implicam no aumento dos investimentos públicos; e a  aprovação a Reforma da Previdência, jogando o ônus do perdão às bilionárias dívidas previdenciárias de grandes empresas sobre os trabalhadores, que terão muito mais dificuldades para se aposentar.

Contra este governo que quer destruir o funcionalismo público brasileiro, através da Reforma Administrativa (PEC 32). Essa (des)reforma, além  de criar 1 milhão de cargos por indicação política, facilitando assim o uso político da máquina pública, a  quer destruir a estabilidade do servidor facilitando a demissão dos servidores que ousarem se posicionar contra o poder executivo. Além disso, cria uma série de possibilidades de contratação por cargos temporários que impedem a manutenção de serviços em longo prazo e divide a categoria em relação à luta política e econômica pelos seus direitos.

Contra este governo que, a quem não matou pela pandemia, intenta, agora, matar de fome. O preço de bens básicos de consumo, tal qual o gás de cozinha e gasolina aumentaram exorbitantemente. A carne virou item de luxo para as famílias brasileiras que, em alguns locais, fazem filas para conseguir ossos. Em Belo Horizonte o preço da cesta básica subiu 23%.

Contra este governo, que em meio a todo esse cenário catastrófico, levou o Brasil a registrar 14,8 milhões de desempregados,  35 milhões de trabalhadores atuarem na informalidade,  131 milhões de brasileiros se verem em situação de insegurança alimentar e, ainda,  20 milhões de brasileiros estarem já vivendo em extrema pobreza.

A frieza dos números explicita, por si só, o fracasso do governo Bolsonaro. A falsa oposição entre combater a pandemia ou salvar a economia, postulada inúmeras vezes nos discursos do poder executivo federal, caiu por terra: o governo Bolsonaro ceifou vidas e destruiu a economia brasileira. Os motivos são fortes. A necessidade é imediata. Convidamos toda a categoria a se somar ao ato do dia 2 de outubro (sábado), com distanciamento social, uso de álcool em gel e máscara tipo PFF2 ou similar. A concentração do APUBHFMG+ junto às outras entidades da educação acontecerá na área lateral do espaço do conhecimento a partir das 14, espaço que contará com  a performance do Grupo Carnavalesco Cascão. É nosso dever lutar contra este governo de morte e fome.

APUBHUFMG+ – Sindicato dos Professores da Universidade Federal de Minas Gerais e Campus Ouro Branco/UFSJ – Gestão Travessias na Luta – 2020/2022