1º de maio: APUBHUFMG+ presente no ato do Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores
O 1º de maio é uma data histórica de protestos da classe trabalhadora em todo mundo. A conquista, manutenção e garantia do cumprimento dos direitos é resultado da luta coletiva. E o Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores é um grande lembrete disso. Após dois anos, em que tivemos que reinventar as nossas formas de manifestação, devido à pandemia, retornamos em peso às ruas. E o momento não poderia ser mais oportuno: faz-se urgente a continuidade do enfrentamento à necropolítica do governo Bolsonaro, que se manifesta na condução genocida e corrupta da crise sanitária, assim como no sucateamento dos direitos trabalhistas e sociais.
Milhares de pessoas protagonizaram atos públicos em diversas cidades do país, com a adesão de entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis e representantes de mandatos populares. Em Belo Horizonte, a concentração para o ato aconteceu na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito da UFMG. De lá, a multidão seguiu em passeata até a Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O APUBHUFMG+ marcou presença, representado por sua vice-diretora de finanças, a professora Marly Nogueira. Mais uma vez, o sindicato uniu forças às entidades da Educação de Minas Gerais para lutar em defesa da área do ensino, em seus diferentes níveis. Em 2022, essa luta ganha contornos especiais, uma vez que a categoria integra a jornada de lutas pela valorização do Setor Público e da carreira do funcionalismo público.
Na Praça da Assembleia, também estava sendo promovida a Feira da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Quem esteve no local teve acesso à venda de frutas, verduras e legumes, oriundos de cultivos sustentáveis de pequenos produtores mineiros. A iniciativa do MST é um grande estímulo à democratização do acesso à terra, em que pequenos produtores têm o justo direito ao fruto de seu trabalho. Esse movimento popular contrasta, contudo, com o projeto neoliberal, em curso no governo Bolsonaro, de estímulo à concentração de lucros nas mãos dos empresários do agronegócio, ao mesmo tempo que prossegue com a exploração da classe trabalhadora e a depredação do meio ambiente.
Em evento pró-governo, Bolsonaristas arrastam cidadã em situação de rua
Ainda no domingo, um conjunto de apoiadores do governo Bolsonaro se reuniu na Praça da Liberdade, também em Belo Horizonte. Chamou a atenção o fato de que, com sorriso no rosto, dois apoiadores do governo arrastaram o colchão em que estava dormindo uma cidadã em situação de rua. A mulher foi puxada para o lado para que bolsonaristas pudessem afixar faixas e cartazes, no coreto da praça. O flagrante foi registrado pela equipe de reportagem do jornal Estado de Minas.
Como aponta o Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), o número de pessoas em situação de rua disparou ao longo da pandemia. O movimento também observa, ainda, o aumento de mulheres e crianças passando por essa situação. Outro ponto levantado é a dificuldade de obtenção de dados precisos sobre o número de brasileiros e brasileiras vivendo nas ruas, devido à falta de uma política de Estado para realização da contagem. Aquelas pessoas pró-Bolsonaro, todavia, não pareceram incomodadas em causar uma situação vexatória a uma cidadã – ainda por cima, uma cidadã que foi alijada do seu direito constitucional a uma moradia digna. Do mesmo modo, o governo a quem apoiam não se mostra preocupado com a responsabilidade que possui sobre o aumento da fome, do desemprego e da carestia para a população.
Em defesa da vida e da dignidade para toda a população brasileira e dos direitos da classe trabalhadora: fora governo Bolsonaro!