Acontece no APUBH

1º Café Artístico Participa APUBH

Com apresentações musicais, performances teatrais, poesia e exposição de quadros, a 1ª edição do Café Artístico Participa APUBH foi realizada ontem,16 de agosto, na ARENA da Praça de Serviços do Campus Pampulha. Com o tema “Dialogar, criar e resistir”, o evento foi uma iniciativa da Diretoria de Arte e Cultura da APUBH.

Na abertura do Café, a professora da Faculdade de Letras da UFMG e uma das diretoras de Arte e Cultura, Sara Rojo falou sobre o evento e a sua programação que foi composta de apresentações musicais, teatro, performance, recital de poesias, exposição de quadros e a Mesa de Thereza.

Para a professora aposentada da Escola de Engenharia, Maria de Fátima de Gripp, o Café “é uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho, que me deixa muito satisfeita, mas é uma atividade que deve acontecer várias vezes, porque a Universidade é tremendamente grande e tem muita gente que precisa mostrar e ver o que acontece e ver além dos próprios horizontes”. Gripp fez uma exposição de belos quadros.

Com um repertório eclético, as apresentações musicais contagiaram o público (professores, estudantes e servidores técnico-administrativos). Abrindo o Café, Mateus Servilha, professor da Faculdade de Educação fez um mini show de voz e violão, intercalado com o recital de poesias de sua autoria. Na sequência, o Zuca Trio, formado pelo professor Marcus Albricker e seus filhos Calvin e Márcio, encantou os presentes com a apresentação em piano, bateria e baixo de músicas de composição própria e de Milton Nascimento (Vera Cruz).

“Esse primeiro Café com Arte, eu acho que vai ficar pra história, não só pra nossa história, mas para a história até do próprio sindicato, que é realmente uma forma diferente de se fazer a política, de se organizar a classe, a partir da arte, da participação de todos. Cada um contribuindo com o que pode e se manifestando”, disse Marcus Albricker.

O grupo musical 3pdqapouco (“três pra daqui a apouco”) formado pelos professores Maria Stella Goulart (voz), Nivaldo Spezialli (violão e voz) e Pedro Lícinio (sopros) apresentou um repertório de músicas de Noel Rosa. O professor Eduardo (Duzão) Mortimer apresentou canções de seus CD’s Trip Lunar” e o “Homem de Laboratório”. 

 

Teatro, Poesia e Performance

Os professores Eduardo Valadares (ICEX) e Romeu Sabará (FAFICH) trouxeram a poesia para o evento. Valadares leu poemas de sua autoria e também dos autores Stefan George e Paul Valéry.

“É uma iniciativa que tem que ter seguimento e apoiar iniciativas da universidade, porque a gente está vendo que tem muitos docentes da área de ciências que são artistas e têm uma expressão musical, uma expressão poética e cênica; e eu acho que a gente tem que valorizar isso, porque se a universidade não tiver arte, não tiver criatividade, ela deixa de cumprir o papel essencialmente dela que é o papel de inovar, de promover uma iniciação no nosso meio”, ressaltou o professor Eduardo Valadares.

Dois atores fizeram uma performance das poesias do livro “Memórias de um antropólogo brasileiro, em plena ditadura” do professor Romeu Sabará.

Um trecho da obra de Eurípides – “Orestes” foi encenado pela Trupe Trupersa, da professora da Faculdade de Letras da UFMG, Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa. 

Já o grupo Quadrúpede do professor Roberson de Sousa Nunes, do Centro Pedagógico da UFMG, apresentou uma performance inspirada no livro “Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém” de Friedrich Nietzsche. “Eu acho essa iniciativa do 1° Café Artístico da APUBH sensacional, porque a gente está precisando acordar os ânimos da universidade, virar o jogo e mostrar nossa arte, os professores, os estudantes, porque a gente, o que a gente faz como pesquisadores dentro da Universidade e trazer a arte como uma nova, como um renovar, um renascimento da própria vida acadêmica. A gente não pode sucumbir só ao trabalho. O trabalho tem que ser uma fonte de prazer, de alegria ou de dor, mas que seja uma fonte de descobertas, de trocas”, destacou Roberson.

Mesa de Thereza

A “mesa de Thereza” proporcionou, nas palavras da artista plástica, Thereza Portes, “uma maneira de convivência menos endurecida dentro de um espaço acadêmico. É um momento de trocas de experiências, de conversas e de cafés”. Esses “cafés” servidos durante o evento foi um convite à sociabilidade e ao encontro.