APUBH participa de reunião ampliada das Universidades, Institutos e Faculdades de Minas Gerais
Na última segunda-feira, 24 de outubro, o APUBH e diversas entidades de professores, estudantes e técnicos-administrativos e lideranças de universidades, institutos de faculdades de Minas Gerais reuniram-se para discutir uma ação conjunta de mobilização para a votação do 2º turno da eleição presidencial. A reunião foi transmitida pelo canal no youtube da ADUFSJ – Seção Sindical dos Docentes da UFSJ e retransmitido por outros sindicatos, inclusive o APUBH. Confira a transmissão: https://youtu.be/EDBJ62kT2f8
A reunião foi coordenada pela professora Maria Clara Santos, da UFSJ e integrante do conselho de representantes da ADUFSJ. Santos destacou a necessidade de uma ampla participação das entidades, de vários movimentos universitários na composição da reunião ampliada das Universidades, Institutos e Faculdades de Minas Gerais com Lula, “demonstrando uma vontade e um interesse muito grande de construir uma ampla mobilização universitária para esse 2º turno e garantir a eleição do Lula e dar um respiro para as universidades”, completou. Proposta para o formato da reunião: análise de conjuntura eleitoral, análise dos cenários nas universidades, proposta de manifesto, definição de tarefas.
A fala inicial da reunião ficou a cargo de Gabriel Luna, presidente da União Estadual dos Estudantes que ressaltou a importância da reunião, da análise coletiva da conjuntura e da união para que a comunidade universitária possa atuar para defender “a nossa maior riqueza, o nosso maior patrimônio que são as universidades federais”.
Luna falou ainda sobre os inúmeros ataques sofridos pela educação durante o governo Bolsonaro, os cortes orçamentários, as trocas de ministros e da corrupção. E como bem resumiu: “Tudo isso é fruto de uma política entreguista, uma política privatista de um projeto que não acredita, que não tem como centralidade a nossa educação”. Apontou a união da comunidade universitária para dialogar com a sociedade, especialmente, os indecisos, que o estudante acredita que é um papel imprescindível neste grande momento de acirramento da disputa eleitoral. Ele acredita que o setor da educação é o que tem “mais capacidade para fazer isso, pois é capaz de dialogar com toda a sociedade”.
Na sequência, Ana Pimentel, professora da UFSJ, ex-vice-presidente da ADUFSJ e deputada federal eleita pelo PT, enfatizou quão significativa é o fortalecimento das entidades sindicais, estudantis e movimentos na atual conjuntura do país, principalmente na reta final das eleições presidenciais. “Nós estamos vivendo agora a divergência, o confronto entre dois projetos políticos, dois projetos políticos que são antagônicos e muito fortes apresentados neste momento”, destacou. “O Lula representa neste momento um projeto republicano de defesa da democracia, de retomada das políticas públicas que são tão fundamentais para o povo brasileiro, mas fundamentalmente para nós, que estamos aqui, da retomada da expansão da universidade pública, e da expansão da universidade pública centrada na construção da democracia, e na construção da igualdade dentro da universidade pública”.
A defesa do candidato do PT foi feita após uma digressão sobre os inúmeros ataques ideológicos desferidos pelo atual governo contra a educação, a universidade, os professores, estudantes, técnico-administrativos, bem como os efeitos da EC 95 (teto dos gastos) e uma dura crítica à retirada de verbas de setores essenciais para subsidiar o orçamento secreto. E, assim como Gabriel Luna, a professora elegeu a conversa com as pessoas como a primordial estratégia para convencimento para o voto em Lula, além de ação nas ruas e a movimentação das redes sociais.
Por sua vez, na sua manifestação, a presidenta do APUBH, professora Maria Rosaria Barbato, classificou o 2º turno das eleições presidenciais como, provavelmente, o mais importante da história do Brasil. “Na verdade, estamos entre a barbárie, a destruição de todos os direitos dos trabalhadores, temos, de um lado, o ultraneoliberalismo, que quer destruir toda e qualquer perspectiva de prestação de serviços do Estado nas áreas essenciais como saúde e educação, e do outro lado, nós temos a esperança do fortalecimento das nossas instituições democráticas, a esperança de retomar os direitos que nos foram tirados, e ter uma educação e uma saúde públicas, gratuitas e de qualidade social””.
Barbato lembrou ainda a ampla adesão e participação popular nos atos de rua com Lula em BH e região metropolitana. Para ela, “o momento é de intensificar a campanha, de não temer tentar virar os votos, de convencer os indecisos a votarem a favor da democracia, de uma melhor perspectiva de futuro, de um salário condizente com a inflação, pelo fortalecimento da saúde, da educação pública, da educação gratuita, da educação de qualidade social”.
Por fim, a presidenta do Sindicato informou que a categoria profissional que ela representa, deliberou em assembleia, o posicionamento em defesa da educação, da universidade e da democracia para derrotar o governo Bolsonaro e estar com Lula abertamente neste segundo turno.
Participaram também da reunião representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico- Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – FASUBRA SINDICAL, da União Nacional dos Estudantes e do ANDES – Regional Leste.
Uma das propostas aprovadas na reunião foi a publicação de um manifesto utilizado nas mobilizações da semana. A minuta do manifesto foi construída pelo professor Juarez Guimarães da UFMG e apresentada pelo presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal de Lavras – ADUFLA, Flávio Nogueira. Outras deliberações foram a uniformização do material divulgado nas redes sociais e a unificação de ações de mobilização com panfletagem nos campi das universidades federais e estaduais, dos institutos federais e das faculdades.
Confira o manifesto: Universidades, institutos e faculdades de Minas com Lula (1)