UFMG é uma das três melhores federais, segundo o Ranking de Shanghai
A UFMG está entre as três melhores universidades federais brasileiras, segundo o Academic Ranking of World Universities (ARWU) 2020, divulgado no último fim de semana. A UFMG, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ocupam a faixa da quarta à sexta posição no recorte brasileiro do Ranking de Shanghai, como é mais conhecido.
Este é o segundo ranking divulgado neste ano que classifica a UFMG no topo entre as instituições federais. O levantamento da Times Higher Education (THE) destacou a UFMG como a melhor federal brasileira e entre as cinco melhores da América Latina.
“Ficamos muito contentes com este reconhecimento da qualidade da UFMG, que sempre norteou as ações da instituição”, destaca a reitora Sandra Goulart Almeida. “É importante que essa qualidade e relevância da Universidade para a sociedade sejam mantidas por meio de investimento contínuo, em especial em momentos de crise como o que vivemos.”
De acordo com a reitora, a previsão de corte de 18,2% no orçamento das universidades federais para 2021 terá impacto profundo no ensino, na pesquisa e na extensão universitária e “afetará de forma irreparável o patrimônio nacional que são as universidades públicas”.
Dados objetivos
O ARWU avaliou mais de duas mil instituições e classificou as mil melhores. Vinte e duas universidades brasileiras aparecem no ranqueamento. A USP (101-150) teve a melhor colocação geral. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aparecem no grupo 301-400. UFMG, UFRS e UFRJ aparecem juntas na quarta faixa. Detalhes podem ser encontrados no site do ranking.
“Hoje há mais de 20 rankings internacionais que fazem esse tipo de avaliação de universidades. Três ou quatro são mais conhecidos, e o Ranking de Shanghai é um deles”, explica Aziz Tuffi Saliba, diretor de Relações Internacionais da UFMG. “Uma diferença importante deste para os outros rankings mais frequentemente mencionados é que o ARWU trabalha apenas dados objetivos. Outros, como o The Times Higher Educacion (THE) e o QS World University Rankings, também consideram a reputação subjetiva das universidades como um índice classificatório.”
Para a reitora Sandra Goulart Almeida, é preciso analisar esses rankings internacionais sempre de maneira crítica. “Muito do que a UFMG faz como parte de sua missão não aparece nesses rankings, como, por exemplo, sua interação com a sociedade e seu relevante trabalho de extensão universitária, o que tem sido demonstrado mais do que nunca nas inúmeras ações de enfrentamento à covid-19”, ela salienta.
Seis indicadores
O Academic Ranking of World Universities é publicado desde 2003, e a UFMG é listada ininterruptamente desde 2007. O levantamento considera seis indicadores objetivos na hora de estabelecer o seu ranqueamento, mas atribui diferentes pesos a cada um deles.
Os indicadores são os seguintes: ex-discentes da instituição que ganharam o prêmio Nobel ou a medalha Fields (10%); professores que ganharam o prêmio Nobel ou a medalha Fields (20%); pesquisadores “altamente citados” pelos pares (20%); artigos publicados nas revistas Nature e Science nos últimos cinco anos (20%); índice de artigos indexados no ano anterior no Science Citation Index-Expanded e no Social Sciences Citation Index (20%); índice de desempenho de pesquisa per capita relativo ao tamanho da instituição, isto é, as pontuações ponderadas dos cinco indicadores anteriores divididas pelo número de pesquisadores da instituição que atuam em regime de dedicação integral (10%).