Acontece no APUBH

Entidades da Educação definem ações em relação ao retorno às aulas e à greve dos servidores públicos

Apoio à greve dos TAEs da UFMG e envio de nota à PBH sobre a exigência de comprovação vacinal estão entre os encaminhamentos aprovados.

 

O processo de retorno integral das aulas presenciais, em meio à pandemia da Covid-19, foi discutido por entidades representativas do setor da educação em Minas Gerais. O encontro online reuniu, no dia 28 de janeiro, representantes do APUBHUFMG+, do SINDIFES, do DCE/UFMG, da UBES, do SINDREDE, da UNE, do Sinpro MG, da APG/UFMG e do SINDCEFET-MG. Os participantes discutiram os cenários específicos, vivenciados pelas bases de cada categoria presente, e, a partir disso, buscaram construir saídas coletivas para agir nessas situações.

Retorno 100% presencial na UFMG

Na reunião, diferentes falas dos participantes abordaram a mobilização da comunidade da UFMG para que sejam garantidas as condições de segurança sanitária no retorno às atividades presenciais. Entre as medidas defendidas, estão a disponibilização de máscaras e a exigência de comprovação de vacinação de acordo com a cobertura vacinal proporcionada pelo SUS. A comunidade acadêmica da UFMG, como apontado em diferentes relatos, mantém a defesa da exigência de comprovação vacinal, uma vez que a reitoria da universidade optou por não adotar a medida e nem promover, até o momento, o seu debate no Conselho Universitário.

Nesse contexto, os técnico-administrativos da UFMG, categoria representada pelo SINDIFES, deflagraram uma greve sanitária no dia 26 de janeiro. Os TAEs exigem condições adequadas de trabalho que garantam a segurança sanitária no retorno integral às atividades presenciais. As entidades presentes aprovaram a publicação de uma nota conjunta em apoio a greve sanitária dos técnico-administrativos da UFMG.

Aprovou-se também a elaboração de uma nota pública destinada à Prefeitura de Belo Horizonte, sobre a exigência de passaporte vacinal. Outra ação aprovada foi a da promoção de uma live para debater a volta às aulas no atual cenário da pandemia da Covid-19. Foi feita a recomendação de que sejam convidados os membros da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que têm produzido notas técnicas que abordam o assunto.

Valorização do Serviço Público

Na ocasião, também foi colocada em debate a participação dos setores da educação (estudantes, técnico-administrativos e docentes) na construção da greve unificada pela recomposição salarial do funcionalismo público e pela defesa do Setor Público. Aliado a isso, a mobilização também pleiteia o arquivamento da PEC 32/2020 e a revogação da EC 95/2016. A data da deflagração da greve, definida a princípio para o dia 09 de março, ainda precisa ser aprovada nas assembleias de cada categoria.

Os participantes da reunião deliberaram por apoiar a deflagração da greve dos Servidores Públicos Federais. Encaminhou-se ainda a realização de um ato virtual no dia 14/02, às 19h, para reforçar a construção da Greve Unificada do serviço público e as pautas de defesa da Educação.

Na próxima reunião, as entidades darão sequência à construção de ações de comunicação e outras formas de mobilização, como a realização de uma campanha de valorização do serviço público, com ênfase na educação. Aprovou-se ainda o apoio às seguintes mobilizações, que estão em construção: SOS Minas Gerais e Dia de Luta das Mulheres (08/03).