Todo dia é dia de consciência de classe
Proximamente iremos eleger o presidente da república, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
As eleições ocorrem em um contexto repleto de tensão. A violência política tem tomado conta dos noticiários. Eleitores do atual governo têm protagonizado atentados e mesmo cometido assassinatos contra eleitores do candidato que está liderando as pesquisas. O atual candidato à reeleição, no passado, proferiu discursos falando em “metralhar a petralhada”, em mandar seus opositores para “a ponta da praia”, em alusão aos homicídios cometidos pela ditadura militar. Assim, não é de se surpreender que eleitores tenham agredido, esfaqueado e atirado em indivíduos que irão votar em outros candidatos.
Além disso, o atual candidato à reeleição tem feito de tudo para desacreditar o processo eleitoral, enfraquecendo as Instituições que garantem o exercício de um Estado Democrático de Direito. Mentiras sobre a possibilidade de fraude pelo uso das urnas eletrônicas, ataques ao Tribunal Superior Eleitoral, força uma apuração paralela, inconstitucional, por parte das forças armadas. Trata-se de um mecanismo utilizado para acirrar os ânimos de seus eleitores e criar um cenário de contestação diante de sua eventual derrota nas urnas.
Tudo isso para tentar reeleger um governo que aposta no ultraneoliberalismo, que para além do modelo econômico, exige um processo contínuo produtor de conflito e violência social. Por meio da intervenção brutal do Estado, em nome da ‘liberdade’ sem limite do capital, contra os trabalhadores, instituições e sindicatos, o Estado torna-se o principal desregulador da vida social e dos direitos fundamentais alcançados, historicamente, pela luta de classe.
O governo que almeja sua reeleição atacou, ao longo de todo seu mandato, os direitos dos trabalhadores, ao aprofundar a Reforma Trabalhista, passar a Reforma da Previdência, manter o Teto de Gastos e realizar cortes em áreas fundamentais, como saúde e educação. Um governo que, por sua negligência, atuou como linha auxiliar de um vírus que matou 700 mil pessoas no Brasil, e, por seu projeto político-econômico, afundou o país em profunda crise humana e sanitária, levando-o a um cenário dramático, que hoje registra 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil.
Por tudo isso, filiadas e filiados, não podemos compactuar com projetos que visam a destruição da Universidade pública, gratuita, inclusiva, de qualidade social e científica, por asfixia, ao retirar os investimentos estatais em Educação, Ciência e Tecnologia; que ratificam mentiras sobre a Universidade e sua comunidade universitária, que destroem as carreiras dos servidores públicos e que se recusam a reajustar o salário da categoria, que não tem nenhum reajuste desde, no mínimo, 2016; que desacreditam todas as instituições do Estado Democrático de Direito, em sua sanha para silenciar a sociedade da forma mais violenta, e que ameaçam não aceitar o resultado das urnas eletrônicas, em caso de derrota. Defendamos o resultado das urnas e a vontade popular.
Fora governo de morte e fome! Bolsonarismo, nunca mais!