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APUBH participa de plenária contra o ‘Escola sem Partido’

O professor Hélder Figueiredo, 2º vice-presidente do APUBH, representou o Sindicato em Plenária para discutir estratégias contra o projeto de Lei “Escola sem Partido”, realizada nesta segunda-feira (10/12), no Plenário I da Assembleia Legislativa do Estado de minas Gerais – ALMG. Participaram da plenária representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores de Minas Gerais (SindUTE/MG), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG).

O objetivo do encontro foi construir de forma coletiva, com as lideranças presentes, formas de atuação e ações populares de enfrentamento à censura ao pensamento e perseguição a professores, propostas pelo movimento “Escola sem Partido”. Os participantes analisaram que está em curso uma tentativa de criminalização da profissão docente, com a proposta de calar as escolas e os docentes. Silenciar os professores e enfraquecer a luta de movimentos e sindicatos parece ser a tática do novo governo para inibir a reação popular contra a aprovação de medidas antipopulares que retirem direitos da população.

O 2º vice-presidente do APUBH abordou as ações que vem sendo realizadas pelo Sindicato em relação ao cerceamento à liberdade de cátedra das professoras e dos professores universitários. Ele convidou os presentes para o lançamento da Frente Mineira em Defesa da Democracia e da Educação, que ocorreu no mesmo dia, no turno da noite, no auditório máximo da Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG. Também afirmou que o Movimento “Escola Sem Partido” não é mera cortina de fumaça para imposição de medidas ultraliberais na economia, mas parte de uma luta ideológica por meio da qual pautas conservadoras servirão, tanto para dar sustentação política ao novo governo, quanto para lançar falsas acusações e justificar perseguição contra opositores.

O cientista político Rudá Ricci apresentou uma análise de conjuntura com uma caracterização do governo Bolsonaro. Apresentou um histórico do Movimento Escola Sem Partido, bem como a iniciativa do seu instituto que criou, recentemente, a “Rede de Defesa e Resistência Democrática no País”, que monitora a conjuntura, elabora orientações políticas, oferece cursos de formação para lideranças de base e cria sistemas de segurança e defesa para ativistas LBTQI+, mulheres, indígenas, professores e populações rurais ameaçadas

A Plenária deliberou pela realização de um novo encontro para dar sequência à discussão, a ser promovido em janeiro ou fevereiro do próximo ano. No próximo encontro, está prevista a participação de representantes da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Beatriz Cerqueira, presidenta do SindUTE e da CUT-MG, que foi eleita deputada estadual pelo PT, propôs a construção de uma frente popular e parlamentar para lutar em favor de uma Educação Democrática.